Amaury
Nunes, 39, publicou uma carta pública em que fala sobre a proibição de ver o
menino Enrico, que ele criou como filho desde que tinha 20 dias de nascido.
Segundo o ex-jogador, sua ex-mulher, a apresentadora Karina Bacchi, 45, teria
feito ele assinar um documento desistindo do processo de paternidade
socioafetiva em 2021, durante uma crise no casamento deles.
Ele conta
que os dois chegaram a se separar, mas conversaram e decidiram dar mais uma
chance ao relacionamento. Foi então que Bacchi teria pedido que ele assinasse o
papel. “Ali, para mim, foi um choque muito grande, eu me senti
extremamente triste”, afirma.
“Mas em
uma tentativa de manter a nossa família unida e esperando que as coisas fossem
melhorar ou ‘voltar ao normal’, eu aceitei assinar aquele documento, até porque
nunca achei que um simples papel poderia definir uma relação tão pura e tão
bonita como a minha e do meu filho”, conta. “Afinal, como ela mesmo
disse, ‘no coração sempre foi assim, pai e filho’.”
Nunes diz
que não vê Enrico desde abril deste ano, há 4 meses, pouco antes de o casal
anunciar publicamente o fim do casamento. Ele ainda publicou uma foto com
diversos presentes que ganhou de Bacchi, como bonés e outros objetos com frases
o enaltecendo como pai.
“Eu
desejo que todos os pais e mães que também estejam passando por isso, possam
logo encontrar uma solução em paz e voltar a conviver com seus filhos
principalmente pelo bem deles”, escreveu na legenda. Ele ainda acrescentou
a hashtag #PazProsPais.
Procurada,
Karina Bacchi não respondeu até a última atualização deste texto. Ela também
não comentou a carta nas redes sociais. “É burrice insistirmos em conviver
com pessoas que um dia nos fizeram mal, que permanecem mentindo”, disse
ela anteriormente sobre o ex. “É complicado perdoar alguém que realmente
não se arrependeu e não entendeu a complexidade de seus atos e continua a
mentir. Fiquem atentos.”
Enrico
nasceu em 2017. Ele é fruto de um processo de fertilização in vitro, feito pela
apresentadora de forma independente, após terminar um casamento de seis anos
com o publicitário Sérgio Amon. Pouco depois de dar à luz o menino, ela
conheceu Amaury, e os dois passaram a criar a criança. Eles chegaram a anunciar
que o ex-jogador assumiria oficialmente a paternidade da criança, mas o
processo nunca foi finalizado.
LEIA ABAIXO
A ÍNTEGRA DA CARTA ABERTA DE AMAURY NUNES
“Hoje
completam-se quatro meses que eu não vejo meu filho.
Logo no
início da nossa relação, uma das principais virtudes da minha ex-mulher era de
ser uma boa mãe, aliás uma mãe incrível, dedicada, presente, batalhadora,
corajosa. Admirei bastante isso nela, e esse foi um dos principais motivos que
me fez abraçar aquela família, naquele momento tão especial, com um filhinho
recém-nascido.
Nós nos
conhecemos pessoalmente em Miami, no dia 28/08/2017, vinte dias após o
nascimento dele. Ali, rapidamente, senti que não só ela, mas principalmente ele
precisavam de mim. Eu acredito que Deus me colocou naquele país, naquela
cidade, naquele exato momento para que eu pudesse estar ali para eles.
Em pouco
tempo, decidimos que eu ia me mudar para São Paulo com eles, longe da minha
família, longe do meu trabalho…
Foi assim,
num final de semana eu estava solteiro na praia em Miami, jogando futevôlei com
os meus amigos, já no outro eu estava trocando fraldas e esquentando mamadeira
de madrugada, fazendo o papel de marido e pai de filho recém-nascido, e me
sentindo extremamente feliz.
A primeira
palavra que ele aprendeu foi mamãe, a segunda foi papai.
Nestes quase
5 anos, a gente sempre dividiu praticamente tudo, principalmente em relação ao
nosso filho, as contas, as responsabilidades, os compromissos, quando eu tinha
que viajar a trabalho, ela ficava com ele, quando ela precisava viajar, eu
ficava com ele, e quando dava íamos os 3 juntos…
Na semana de
adaptação na escolinha, já com 2 aninhos, eu ia um dia, ela ia outro, um dia eu
levava pro judô, outro ela levava pra natação… Enquanto ela trabalhava, eu brincava
com ele, enquanto eu trabalhava, ela brincava com ele… Qualquer consulta ao
médico que ele tinha, nós íamos juntos, todas as refeições do dia nós sempre
nos esforçávamos para fazer os 3 juntos, foi sempre assim, desde os 20 dias de
vida dele…
Em dezembro
de 2019, a gente estava gravando um reality da nossa família, que passou na
RedeTV! e no YouTube, e no último episódio, reunimos família e amigos e ela
decidiu me fazer a grande surpresa, de me conceder oficialmente a paternidade
socioafetiva do nosso filho.
Um trecho da
carta escrita por ela dizia: “Após a sua assinatura, daremos entrada no
processo de paternidade, então seremos pai e filho para sempre, afinal no
coração sempre foi assim, não é mesmo? Desde que Deus desenhou nosso destino,
com muito amor do seu filho e também de sua mamãe”.
Portanto,
nós iniciamos este processo de paternidade socioafetiva, sim, inclusive ele
poderia colocar o meu nome como pai na identidade dele, que atualmente não tem
nenhum nome de pai.
Porém, ao
longo deste processo, enfrentamos alguns obstáculos, como a pandemia e uma
crise em nosso relacionamento, na qual chegamos a nos separar (entre março e
abril de 2021). Inclusive isto também foi noticiado publicamente. Eu fui para o
Rio de Janeiro ficar com a minha família.
Depois de
algumas semanas, eu voltei para São Paulo para pegar o restante das minhas
malas e assinar o divórcio, que inclusive já estava pronto, mas quando cheguei,
nós conversamos e decicimos retomar a nossa relação.
Naquele momento,
ela estava com dois documentos para que eu assinasse, um era o divórcio (que
nós decidimos não assinar por ora) e o outro era de desistência do processo de
paternidade do nosso filho.
Ali, pra
mim, foi um choque muito grande, eu me senti extremamente triste… mas em uma
tentativa de manter a nossa família unida e esperando que as coisas fossem
melhorar ou ‘voltar ao normal’, eu aceitei assinar aquele documento, até porque
nunca achei que um simples papel poderia definir uma relação tão pura e tão bonita
como a minha e do meu filho. Afinal, como ela mesmo disse, ‘no coração sempre
foi assim, pai e filho’.
E este foi o
único processo que existiu até então (processo de paternidade socioafetiva),
não há nenhum outro processo onde a Justiça me proíba de ver o meu filho por
nenhum motivo específico.
Durante este
último ano de abril de 2021 até abril de 2022, eu acredito que tanto eu quanto
a minha ex-mulher fizemos o nosso melhor para manter nossa família para
restaurar o amor, para entendermos tudo o que estava acontecendo, todas as
mudanças… tudo dentro das nossas limitações como seres humanos falhos que
somos.
Infelizmente
não conseguimos, esbarramos nos nossos limites. Então decidimos nos divorciar,
sem maiores brigas, sem maiores acusações, sem nenhum problema grave… mas
obviamente cada um com seu ponto de vista.
Claro que
ficamos tristes e chateados com as nossas diferenças principalmente de
pensamentos, hábitos, atitudes, comportamento… tudo praticamente estava
divergindo e estava muito diferente de quando nos conhecemos. Até em qual
igreja iríamos nós não conseguíamos mais concordar.
E, agora, há
4 meses que eu tento entender o porque desta atitude dela, de não me deixar
mais, ao menos conviver ou conversar com nosso filho, e gostaria de deixar claro
que a minha intenção nunca foi e nunca seria tirá-lo dela, muito pelo
contrário, como disse aqui, sempre a admirei como mãe, mas a minha intenção é
que nosso filho possa crescer com uma mãe maravilhosa que ela é, e também com
um pai que o ama muito, simplesmente porque ele merece.
Sigo aqui de
braços e coração abertos para retomar o convívio com ele, sem brigas, sem
rancos, só com amor, e tenho certeza que ele também. Filho, te amo, sempre vou
estar aqui para você, sei que está com muitas saudades, eu também estou, espero
que um dia breve possamos estar juntos de novo.”