Pará

Centro de Reabilitação aplica a 'Gaiola de Habilidade’. VEJA COMO É A TERAPIA!

Terapia trabalha a atenção centrada com base na sustentação de membros inferiores da cervical e do tronco, ou seja, trabalha a postura e a respiração. Foto: Divulgação
Terapia trabalha a atenção centrada com base na sustentação de membros inferiores da cervical e do tronco, ou seja, trabalha a postura e a respiração. Foto: Divulgação

Fazendo parte da terapia convencional entre as variadas atividades oferecidas no serviço em saúde pela Mecanoterapia, no Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, uma delas, é a “Gaiola de Habilidade”, que proporciona a suspensão do corpo favorecendo a posição vertical estimulando a busca pela visão do pequeno usuário.

Realizada no Centro Especializado em Reabilitação (CER IV), a ‘Gaiola’ trabalha a atenção centrada, realiza a sustentação de membros inferiores da cervical e do tronco, ou seja, ter a questão postural balizada favorecendo também a respiração.

Há quase dois anos sendo acompanhada no CIIR, Thaissa Figueiredo, de 5 anos, tem no seu cronograma de reabilitação a atividade na “Gaiola”. Com paralisia cerebral, a garotinha condiciona a bipedestação, que é a posição ereta apoiada em ambos os pés, além de ser estimulada aos reflexos, principalmente, nos membros superiores.

“Por meio de recursos lúdicos, além deste planejamento, estimulamos a Thaissa a ter força, apreensão e o tato. Como ela fica muito tempo com a mãozinha fechada, trabalhamos também texturas diferentes para que ela segure os objetos”, pontua Allyne Carvalho, fisioterapeuta que acompanha a reabilitanda.

Uma vez por semana, a pequena usuária realiza a atividade. Durante esse período, a fisioterapeuta já aponta evolução no seu quadro clínico. “Ela melhorou o seu controle de tronco, que antes não tinha. Já consegue sustentar mais a cabeça. Outro ponto são os reflexos. Antes, ela ficava com os braços mais abertos. Hoje, os fecha, ou seja, já busca recursos para realizar os movimentos”.

A profissional salienta que as crianças com paralisia cerebral ficam deitadas ou sentadas, situação que agrava no seu desenvolvimento como ser humano. “A posição desfavorece, por isso, a ‘Gaiola de Habilidade’ é de fundamental importância na reabilitação. Ao longo do período de atividade, a usuário começa a se movimentar, que é o nosso objetivo e de bem-estar ao reabilitando”.

Thais Figueiredo, de 31 anos, classifica a reabilitação da filha como evolutiva. Antes de iniciar o acompanhamento no CIIR, de acordo com a genitora, a menina tinha atrasos cognitivos.

“Em casa, ficava parada, mexendo somente os olhos. Hoje, está bem desenvolvida. Eu a coloco na cama e ela consegue se movimentar. Mexe no controle da televisão. Ela não fala, mas pelo olhar, já define objetos; coloco duas opções de alimentação à mesa e pergunto o que quer comer e ela responde com o olhar. Esse é o diferencial da minha filha, atualmente. Ainda, aos poucos está interagindo com outras crianças. Comparando o presente com o passado, digo que com a terapia para a minha filha já passa de 70% de crescimento”.

O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do CIIR por meio de encaminhamento das unidades de Saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação (Sisreg).