“Ciranda Celestial”, faixa-título do primeiro disco do Bando Mastodontes, chega hoje ao YouTube em formato de videoclipe. Dirigido por Lucas Mariano, criador paraense por trás de projetos de artistas como Gaby Amarantos, o novo audiovisual revela registros feitos durante a produção do álbum, para embalar a sonoridade guiada pelos tambores, que revela uma Amazônia ancestral, preta e indígena, de ritos e cura.
“‘Ciranda’ localiza uma parte importante do Bando, que é a pluralidade, a diversidade. Esse caos que acaba nos reunindo, que coloca tudo em movimento. Então a gente, dentro do clipe, consegue mergulhar em diferentes atmosferas: o dia amanhece e a noite chega, você sente essa passagem de tempo, mas é tudo muito sinestésico e sensorial. Tudo compõe as cores dessa ciranda”, diz a cantora, percussionista e compositora Ana Marceliano, cuja casa, no bairro da Marambaia, serviu de cenário para algumas das imagens do clipe, assim como locações nos arredores. Há também momentos da grande ciranda dançada pelo Bando no Casarão dos Bonecos.
Sobre o olhar do diretor Lucas Mariano, o baixista Rodolfo de Mendonça opina: “Lucas é muito próprio, diferente. Ele ousa muito nos efeitos. Traz algo da estética das vinhetas da MTV, que tanto vimos quando adolescentes, isso é muito legal.”
Para o cantor, compositor e violonista Luciano Lira, o audiovisual capta a essência da canção e do álbum do Mastodontes: “O movimento celestial é ciranda poética de quem olha para a vida e se entrega à gravidade que nela existe, expansão da consciência que se prenha de sentidos através desse estado de giro, um ser que se deixa orbitar, um ser que se deleita em satélite, um ser celestial que nos permite retornar àquilo de que somos feitos: poeira estelar em movimento”.
Criado em 2015, o Bando Mastodontes é formado ainda por Jimi Britto (guitarra), Fernanda Noura (voz), Caio Azevedo (bateria), Katarina Chaves (percussão), Bruna Cruz (percussão, voz e composição), e Armando Mendonça Filho (voz, percussão, violino, violão e bandolim).