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Curso de eletricista forma turma com 100% de mulheres na Equatorial

O curso que formou eletricistas mulheres é uma parceria da Equatorial com o Senai. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
O curso que formou eletricistas mulheres é uma parceria da Equatorial com o Senai. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Pryscila Soares

Um grupo de 23 mulheres concluiu o curso da primeira turma exclusiva de mulheres da Escola de Eletricistas da Equatorial Pará, resultado de uma formação gratuita ofertada em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A entrega dos certificados às formandas ocorreu na manhã de ontem (13), na sede da Equatorial Pará, em Belém. Após quatro meses de aulas teóricas e práticas, as concluintes estão aptas a exercerem a profissão no mercado de trabalho.

Presidente da Equatorial Pará, Marcos Almeida lembrou que o setor ainda é majoritariamente masculino e que o curso tem o objetivo de ampliar a representatividade feminina neste segmento. “Estamos em todos os municípios, em todos os territórios, e essa mão de obra é para expandir e sustentar o sistema elétrico do Pará. Temos uma carência de mão de obra especializada. Agora, o diferencial é que, aproveitando o nosso compromisso com a ONU, com o desenvolvimento social e de integração da mulher, da diversidade, estamos propiciando uma turma exclusiva de mulheres para entrar nesse mercado de trabalho, que sempre foi masculino”, explicou.

Durante o período de curso, elas também receberam uma bolsa de incentivo com o objetivo de auxiliar a subsistência de cada estudante. Esta é a segunda turma da Escola de Eletricistas, que durante quatro meses abordou assuntos teóricos e práticos, além de aulas de direção defensiva e condução de veículos com tração 4×4. As alunas tiveram, também, cursos comportamentais com o objetivo de apoiar no desenvolvimento de habilidades cognitivas como raciocínio lógico, comunicação, relacionamento interpessoal, de estruturação do Projeto de Vida por meio da carreira na área de energia elétrica.

Dentre as concluintes está a tecnóloga de alimentos Leidejane Lima, 38 anos. Casada e mãe de quatro filhos, ela soube do curso através do esposo e encarou a formação como uma oportunidade de retornar ao mercado de trabalho após um período de dedicação exclusiva à maternidade.

“Meu pai já mexia com a elétrica e eu tinha medo de eletricidade. Então, foi uma barreira que enfrentei. Não sabia nada e hoje me sinto preparada para trabalhar na área elétrica. Tive o meu filho e dei uma parada. Essa foi uma oportunidade que eu encontrei. É uma iniciativa muito boa para colocar principalmente nós mulheres, porque nessa área elétrica ainda existe um preconceito, que é ocupada mais por homens. Então, foi uma excelente oportunidade”, disse.