Bola

Remo pode ser campeão com 100% de aproveitamento no Parazão feminino

Nildo Lima

O Clube do Remo deu, ontem (12) pela manhã, um largo passo para chegar ao bicampeonato do Parazão de futebol feminino, ao golear o Paysandu, por 5 a 1, em plena casa do adversário, o estádio da Curuzu. Foi o primeiro clássico da decisão de 180 minutos, cujo jogo de volta será na terça-feira, dia 20, no Baenão.

Com a vitória no primeiro confronto, as Leoas Azulinas têm a vantagem de perder por diferença de até três gols, que ainda assim serão bicampeãs estaduais da modalidade. O resultado também manteve o time remista invicto no campeonato. Em 13 jogos foram 13 vitórias, portanto, com 100% de aproveitamento.

A goleada azulina começou a ser construída logo aos três minutos da etapa inicial por intermédio de Musa. Em seguida vieram os gols de Ana aos 13 e Loura Soure aos 19 minutos, ainda do primeiro tempo. Na segunda parte do clássico, as Leoas chegaram aos 4 a 0, com gol anotado por Ângela aos 17, sofrendo o único gol aos 27 minutos, feito por Bruna, ampliando a goleada com o tento final aos 31 minutos com Nathália.

No jogo de volta, o Clube do Remo cobrará ingresso a R$10 para o torcedor que estiver vestindo a camisa azulina e R$50 para os demais.

Mesmo aplicando a sonora goleada, o técnico das Leoas, Mercy Nunes, pediu às suas comandadas que evitem o “oba, oba”, como disse em entrevista. O treinador pediu pés nos chão às jogadoras remistas, ainda no vestiário da Curuzu. “Já venci campeonatos estando em desvantagem. Já avisei para elas que não podemos entrar no oba, oba. É uma vantagem considerável, mas vamos jogar sempre para a frente, buscando o gol e se Deus quiser consolidar o título no jogo de volta”, declarou Mercy Nunes.

A preocupação do treinador remista, neste momento, diz respeito às jogadoras que deixaram o gramado, ontem, lesionadas e que passarão por tratamento no Departamento Médico do Clube do Remo. Além da artilheira Musa, estão contundidas as atletas Anne e Carol.

“Sou um técnico que procura manter a mesma equipe e como já fizemos 13 partidas, essas atletas acabaram sentindo”, afirmou Nunes. Por sua vez, a técnica Aline Costa, do Paysandu, atribuiu a derrota aos dois primeiros gols sofridos pelo time em 13 minutos de clássico.

“As meninas acabaram se abalando com esses dois gols que saíram muito rápido”, disse Costa. “A gente espera reverter o placar. Sabemos que não será nada fácil, mas sabemos que no futebol não há nada impossível”, declarou a comandante bicolor, que sofreu a perda de uma de suas zagueiras titulares minutos antes do começo da partida.