Pará

Vendedor de camisas do Brasil fica no prejuízo após fracasso na Copa

A eliminação do Brasil não estava nos planos da torcida e nem dos vendedores de camisa. Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará
A eliminação do Brasil não estava nos planos da torcida e nem dos vendedores de camisa. Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará

Cintia Magno

Menos de 24 horas depois da eliminação da seleção brasileira da Copa do Mundo, o verde e amarelo já havia praticamente sumido das vitrines e bancas do Centro Comercial de Belém. Diferente de alguns dias atrás, quando se via uma grande quantidade de itens alusivo às cores do Brasil, na manhã de sábado (10), a maioria das bancas já havia retirado as camisas da seleção de exposição.

Na manhã de movimento intenso pelas ruas do comércio, não era incomum encontrar nas conversas entre comerciários o assunto da derrota da seleção brasileira para a seleção da Croácia, nos pênaltis. Cada um fazia a sua avaliação sobre o que pode ter influenciado o desempenho dos jogadores, mas um fator era certo. Ninguém esperava por uma eliminação do Brasil tão cedo, principalmente os vendedores que prepararam estoques de mercadorias alusivas à Copa.

O autônomo Johnny Mascarenhas, 33 anos, investiu cerca de R$10 mil na aquisição de camisas da seleção brasileira e esperava vender todo o material pelo menos até o final do campeonato. “Eu estava esperando que a gente fosse chegar na final ou pelo menos na semifinal, para disputar com a Argentina. Ia ser um jogão e, com certeza, ia vender muito ainda”, imagina. “Como eu achava que ainda ia ter pelo menos mais uns dois jogos, eu tinha dado uma freada na venda das camisas para esperar a final, mas acabou antes”.

Com as camisas em estoque e sem mais nenhuma participação da seleção brasileira pela frente, a única saída encontrada por Johnny foi baixar os preços. Durante a manhã de sábado, a sua banca era uma das poucas que mantinham expostas as camisas da seleção brasileira. “Agora, o jeito é baixar o preço por menos do que eu comprei para pelo menos diminuir um pouco o prejuízo”.

Ao longo da João Alfredo, a maioria das bancas e lojas já substituía manequins e vitrines com roupas alusivas às festas de final de ano. Com isso, o verde e amarelo, rapidamente, sumiu dos corredores do comércio. Depois da banca de Johnny, outra que ainda expunha as camisas da seleção era a da autônoma Ana Carolina Souza, 23 anos.

“Tenho 30 camisas expostas e mais dois pacotes fechados, são umas 50 camisas que ficaram no total”, fazia as contas, apontando que a estratégia será baixar os preços para tentar atrair os clientes a comprar. “A gente vai baixar o preço pra ver como fica. É o que tem pra fazer. Eu não esperava essa saída do Brasil tão cedo, mas foram vários erros que fizeram o Brasil ser eliminado”.