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Reiner e Rasec fazem show inédito para lançar single e videoclipe “Vivo”

Foto:  Aryanne Almeida/Divulgação
Foto: Aryanne Almeida/Divulgação

TEXTO: WAL SARGES

Dois artistas paraenses e um encontro casual que acabou em música, assim surgiu “Vivo”, single que retrata as reflexões de Reiner e Rasec sobre viver de música em uma Amazônia pulsante, urbana e psicodélica. Com locações na Ilha do Combu, o clipe homônimo mostra a exuberância da floresta, traduzindo em imagens o conceito da canção. Ambos foram lançados na quinta-feira, 8, em todas as plataformas digitais. E hoje, 9, os dois se encontram mais uma vez para fazer um show, às 20h, no Ná Figueredo.

Reiner começa descrevendo um dia comum que gerou uma conexão surpreendente. “O Rasec me mandou uma mensagem porque precisava falar com alguém, mas a gente se conhecia da cena musical apenas. Ele levou um violão e fomos para uma padaria. Começamos a falar sobre carreira, cena de música na Amazônia e eu peguei o violão e comecei a tocar os primeiros acordes de música. Começamos ali”, relata.

SIMBIOSE NA COMPOSIÇÃO

Das primeiras notas ao refrão o processo foi completamente espontâneo, “com uma ideia minha, outra dele: uma simbiose”, define Reiner, que já tinha trabalhado com outros artistas, mas nunca com uma conexão tão natural. “Foi um encontro pra bater um papo e acabou em música. Das conversas sobre música, resulta agora o lançamento de ‘Vivo’, que é uma música que sai do coração, tanto meu, quanto do Reiner. A gente fez cada passo juntos, desde a produção até o processo final. Foi um encontro incrível”, reverbera o tucuruiense Rasec.

A música foi mixada e masterizada por Diego Fadul, no Fadul Audio Lab, e produzida pelo próprio Reiner. O trabalho também tem parceria com a Psica Gang, com distribuição da Warner Music. O show especial de Reiner e Rasec, no Ná Figueredo, ganha um gostinho a mais em função da celebração de um ano do selo Caquí, uma parceria de Reiner com o também cantor e compositor paraense Pratagy.

Reiner conta que sabia exatamente a sonoridade que queria para a música, uma bossa nova experimental, “mas não careta”, acrescenta, com referências como o baiano Giovani Cidreira, e ainda, o hardcore industrial, de uma forma mais diluída. Para ajudar nessa sonoridade, eles também convidaram a curitibana Klüber para os pianos.

Foto: Aryanne Almeida/Divulgação
CANÇÃO FALA DO ARTISTA AMAZÔNICO

Tudo soma-se à letra, que fala sobre esse pulsar do artista amazônida, que tem de fazer coisas mirabolantes para conquistar um espaço na cena musical, no nicho desejado. “Tem gente que está fazendo música há muito tempo, mas parece que as coisas não se realizaram para elas. É um lamento musical que pode se estender para outras coisas, metaforicamente, quando se trata da efemeridade da vida, do quanto as coisas são passageiras”, diz Reiner.

“Se Deus me fez assim, eu não vou parar”, cantam os dois no single. “É como se fosse uma missão que eu não posso parar de fazer e de produzir, de fazer as minhas músicas, de produzir outros artistas. Tem tudo a ver com a música”, acrescenta Reiner. E foi um ano dedicado apenas para chegar a este lançamento. “Fazer música no Pará é se dedicar mil por cento, sem pensar que você tem outras esferas da sua vida. Então, a gente foi driblando todos os obstáculos e se unindo para isso acontecer”, diz Rasec.

E tudo é imagem, acredita Reiner. “A gente gravou o clipe porque queríamos fazer alguma coisa legal e, hoje em dia, a música tem que ter clipe. A gente fez várias locações na Ilha do Combu”. O clipe foi dirigido por Aryanne Almeida e obteve apoio de Victória Teixeira como operadora de câmera. Beatriz Andrade assumiu os drones, Vinny Araújo o figurino, com montagem e efeitos por Lucas Mariano. “Foi a primeira vez que montei uma equipe relativamente grande para um trabalho. A gente queria mostrar uma Amazônia não-convencional, mostrar o rio e a mata, mas de outra forma, queríamos mostrar a Amazônia urbana, psicodélica, que a mata te abraça e ao mesmo tempo te repele”, descreve Reiner.

 

COMPAREÇA

Reiner e Rasec

lançam “Vivo”

Quando: Hoje, às 20h

Onde: Ná Figueredo (Av. Gentil Bitencourt, 449 – Nazaré)

Quanto: R$ 15 (antecipado)

e R$ 20 (na hora).

Informações: Instagram @tocareiner e @rodrigorasec