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Bolsonaro inclui cachê de Gusttavo Lima na lista de sigilo de 100 anos

O cantor Gusttavo Lima, investigado sob suspeita de envolvimento em esquema de bets, tem dois shows marcados para este fim de semana no Pará.  Foto: Divulgação
O cantor Gusttavo Lima, investigado sob suspeita de envolvimento em esquema de bets, tem dois shows marcados para este fim de semana no Pará. Foto: Divulgação

FOLHAPRESS

O cachê que o cantor sertanejo Gusttavo Lima recebeu para participar do comercial da Mega da Virada em 2021 está sob sigilo de 100 anos por determinação do presidente Jair Bolsonaro.

O sigilo de cem anos está previsto no artigo 31 da Lei de Acesso à Informação e se restringe a dados pessoais relacionados “à intimidade, vida privada, honra e imagem”. O texto estabelece cem anos como o prazo máximo para esse tipo de sigilo –ou seja, o prazo pode ser menor.

A informação da inclusão das informações do cachê do sertanejo na lista do sigilo foi noticiada pelo portal Movimento Country. Ainda segundo a publicação, no Portal da Transparência consta que a Caixa Econômica Federal desembolsou mais de R$ 10 milhões para a campanha, mas a destinação e o uso da verba não foram revelados, e o pagamento feito ao cantor está sob o decreto presidencial.

Lima, que este ano teve pagamentos com recursos públicos questionados dando início ao movimento que ficou conhecido como “CPI do Sertanejo”, é apoiador do presidente e amigo da família. Durante a campanha, Bolsonaro foi alvo de críticas do presidente eleito Lula por também impor sigilo no processo que investiga Flávio Bolsonaro no caso das “rachadinhas”.

Procurado pela Folha de S.Paulo, o cantor não quis se manifestar sobre o assunto até a publicação desta reportagem.