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Técnico do Remo quer time sem oba-oba no Re-Pa feminino

Azulinas estão na final do Estadual feminino contra as rivais bicolores. Foto: Samara Miranda/Remo
Azulinas estão na final do Estadual feminino contra as rivais bicolores. Foto: Samara Miranda/Remo

Nildo Lima

Embora nos confrontos entre as equipes, o Clube do Remo leve vantagem, na temporada, sobre o Paysandu, o técnico do Leão, Mercy Nunes, de 50 anos, não vê nenhum favoritismo de sua equipe na decisão, entre os rivais, do Campeonato Paraense de futebol feminino. O título da temporada acontecerá em 180 minutos, portanto, em jogos de ida e volta. Em dois clássicos valendo pela fase de grupos, as Leoas Azulinas bateram as adversárias bicolores por 3 a 0. Os confrontos, porém, foram, na visão de Nunes, “muito duros”, o que leva o treinador a confiar em uma decisão acirrada entre os times.

“Não nos colocamos na condição de favorito”, afirma Nunes. “Os dois jogos que vencemos foram muito duros. Só soubemos aproveitar as oportunidades que surgiram. Mas o Paysandu também teve várias chances nos dois jogos”, ressalta. “Nosso time teve uma consistência maior na parte defensiva. Temos uma goleira que se dedica muito aos treinamentos e fez grandes defesas nos dois clássicos. Foram dois jogos bastante parelhos”, diz o técnico. Nunes observa ainda que o Paysandu de hoje é diferente do time que caiu nos dois Re-Pa’s passados.

“O time deles faz uma campanha bem melhor, após ter nos enfrentado. Elas fizeram outros jogos e se saíram muito bem. Imagino que serão dois jogos bem difíceis”, argumenta o treinador, que busca o seu sétimo título do Estadual feminino. Os seis anteriores foram conquistados pela Esmac, clube no qual ele trabalhou por 13 anos até se transferir para o Clube do Remo. O fato de a final do Estadual ser entre os dois tradicionais rivais do futebol local, na opinião de Nunes, só valoriza ainda mais o campeonato.

“É uma final inédita”, salienta. “Isso com certeza vai abrir as portas da mídia. Infelizmente o Baenão não será o palco do segundo jogo, no qual temos o mando, em razão do nosso estádio estar passando por melhorias no seu gramado. A diretoria está fazendo um esforço para tentar liberar o local. Caso não seja mesmo no Baenão, será no nosso Centro de Treinamento, mas, infelizmente, sem a presença do público. Uma pena por se tratar de uma decisão inédita envolvendo as duas principais forças do nosso futebol”, lamenta.

Nunes informa que não tem problema, tanto no que diz respeito a cartão quanto a lesão no grupo de jogadoras que comanda. O treinador já até adianta que a equipe que vai a campo. “É a nossa provável equipe, mas temos a reserva Ângela, que tem sido utilizada nos decorrer dos jogos e entrado muito bem”, finalizou o técnico.