JR Avelar
Desaparecido desde a última segunda-feira (21), Atanael da Silva Lucena, de 23 anos, foi encontrado morto dentro de um poço próximo a um sítio na rua Manoel Pirão no distrito de Murinim, em Benevides, na região metropolitana de Belém.
A família já acreditava que não o encontraria mais com vida depois que um vídeo passou a circular nas redes sociais onde Atanael da Silva Lucena aparece em meio a um matagal depois que foi capturado, interrogado, sentenciado e executado com golpes de perna-manca.
No vídeo, é possível ver três pessoas espancando violentamente o rapaz enquanto um ficou encarregado de filmar com um celular toda a selvageria e em seguida divulgar nas redes sociais.
O tipo de ação é conhecida como “Tribunal do Crime”, típico de uma facção criminosa que atua punindo quem atravessa no caminho dela, capturando, interrogando, sentenciando e matando tudo sendo filmado como prova da ação criminosa.
Segundo as informações, a família de Atanael da Silva Lucena, que é natural do Estado do Maranhão, acabou tendo acesso ao vídeo da morte do familiar que circulou nas redes sociais acabando por identificá-los.
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Suspeito não tinha passagens anteriores pela polícia, mas pode ter cometido outros crimes da mesma natureza.
A Polícia Civil já tem informações precisas depois que o pai da vítima relatou que ele teria brigado com um homem, ainda não identificado na dia de domingo (20) indo ao desforço físico e ferindo o desafeto com uma facada e que teria provocado a ira de integrantes de uma facção criminosa.
Para surpresa de todos, na segunda-feira (21), o rapaz não apareceu para trabalhar na serraria onde estava empregado há algumas semanas e em seguida começou a circular o vídeo do espancamento que sofreu ainda com os raios do sol em uma área do Murinin que a Polícia Civil tenta identificar.
Depois que muita procura, o corpo de Atanael da Silva Lucena foi encontrado jogado dentro de um profundo poço próximo a um sítio na rua Manoel Pirão. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada para retirar o corpo para ser analisado por peritos criminais da Polícia Científica do Pará.
A Polícia Civil, através de uma força conjunta, trabalha para identificar os quatro homens que participaram do “Tribunal do Crime”, sendo que três deles aparecem nas imagens e seriam moradores conhecidos da localidade.
