Alexandre Nascimento
A temporada do ano bastante esperada pelos trabalhadores, aposentados e pensionistas chegou, uma vez que é tempo do recebimento do 13º salário. Com a primeira parcela a ser paga até o dia 30 de novembro e a segunda no dia 20 de dezembro, o valor a ser recebido é a oportunidade extra para a quitação de dívidas, investir ou mesmo para fazer mais gastos nessa época marcada pela Copa do Mundo e, principalmente com os festejos do Natal e final de ano.
A expectativa é que o pagamento do 13º salário injete na economia paraense cerca de R$ 4,9 bilhões, o que beneficia também as empresas. “Uma das coisas que as pessoas mais usam o benefício é em festejos que estão por vir, que neste ano ainda tem a Copa do Mundo, além da compra de presentes para o Natal, final de ano e outras formas de consumo bem comuns desse período do ano”, disse Everson Costa, técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA).
Mas, ainda de acordo com o Dieese-PA, o uso do 13º salário deve ser feito com cautela, uma vez que dados econômicos apontam o endividamento das famílias, que não tiveram aumento real do salário.
“Vale lembrar que vivemos uma inflação alta, em que só com a cesta básica o trabalhador gasta quase metade do salário. Então, sem cautela, o trabalhador pode somar dívidas antigas com novos gastos, sobretudo com alguns que serão obrigadas a fazer, como compra de material escolar dos filhos, plano de saúde, entre outros serviços essenciais”, completou Everson Costa.
Dessa forma, o técnico do Dieese-PA aconselha que o trabalhador precisa analisar a sua condição financeira para saber como destinar o valor do benefício do 13º salário.
“A realidade de cada um é diferente. Uma pessoa pode estar em boas condições financeiras, que pode fazer ela aproveitar todo o valor a ser recebido, enquanto que outra precisa usar para quitar uma dívida, aplicar em algum investimento. A situação é relativa, mas o 13º salário será oportuno para ambos, a partir da realidade financeira de cada pessoa”, disse Everson Costa.
É com essa preocupação que o vigilante Helder Júnior irá usar o 13º, com responsabilidade para não acumular mais dívidas. “A meta é pagar as dívidas, ficar tranquilo e poder entrar no ano novo aliviado e fazer novas compras, principalmente o que é mais importante para minha família”, concluiu ele.