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Varíola dos macacos: Sespa confirma novos casos no Pará

A varíola dos macacos já causou 11 mortes no Brasil. Foto: Divulgação
A varíola dos macacos já causou 11 mortes no Brasil. Foto: Divulgação

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informa que há 75 casos confirmados de Monkeypox no Pará, residentes do município de Belém (52), Ananindeua (11), Santarém (04), Marituba (02), Barcarena (01), Paragominas (01), Marabá (01), Acará (01), Benevides (01) e Itaituba (01).

Outros 102 casos foram descartados. A Sespa informa ainda que 14 casos suspeitos seguem em investigação, residentes de: Belém (08), Santarém (02), Mãe do Rio (01), Breves (01), Portel (01) e Juruti (01). O acompanhamento e monitoramento dos pacientes são feitos pelas secretarias de saúde municipais.

O Brasil já registrou 11 casos de óbitos em decorrência da varíola dos macacos, com 5 casos no Rio de Janeiro, três em São Paulo e outros três em Minas Gerais, segundo o mais recente boletim epidemiológico emitido pelo Ministério da Saúde.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS), os sintomas da varíola dos macacos normalmente são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, fraqueza, gânglios linfáticos inchados e erupção ou lesões cutâneas. A erupção cutânea ou exantema geralmente começa dentro de um a três dias após o início da febre.

Segundo a Opas, as lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, e depois evoluem para crostas, secar e cair. O número de lesões em uma pessoa pode variar de poucos a milhares. A erupção cutânea tende a se concentrar na face, palmas das mãos e plantas dos pés. Também podem ser encontradas na boca, genitais e olhos.

“Os sintomas normalmente duram entre duas a quatro semanas e desaparecem sem tratamento. Se você acha que tem sintomas que podem ser varíola dos macacos, busque a orientação de um profissional de saúde. Avise-o se você teve contato próximo com alguém com varíola dos macacos confirmada ou com suspeita da doença”, informa a Organização.

TRANSMISSÃO
A varíola dos macacos pode ser transmitida de animais para as pessoas quando entram em contato físico com um animal infectado. Os hospedeiros animais são principalmente roedores e primatas.

Já as pessoas com varíola dos macacos podem transmitir a doença enquanto apresentam sintomas, normalmente entre duas e quatro semanas. Ela pode ser contraída através do contato físico próximo com alguém que tenha sintomas. A erupção cutânea (exantema), os fluidos corporais (tais como fluido, pus ou sangue de lesões cutâneas) e as crostas são particularmente infecciosos.

Roupas, roupas de cama, toalhas ou objetos como utensílios/pratos que foram contaminados com o vírus por contato com uma pessoa infectada também podem infectar outras pessoas.