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Paraenses seguem na disputa pelo Prêmio Jabuti

O paraense está entre os finalistas ao prêmio Jabuti com "Brega Story"
O paraense está entre os finalistas ao prêmio Jabuti com "Brega Story"

O Prêmio Jabuti divulgou na terça-feira, 8, os cinco finalistas de cada uma de suas 20 categorias, após ter divulgado a lista de dez indicados no mês passado. Na categoria de romance literário, sobraram apenas mulheres, quatro delas publicadas pela Companhia das Letras – Natalia Borges Polesso, Andréa Del Fuego, Micheliny Verunschk e Aline Bei. Completa a lista a escritora Tatiana Salem Levy, que lançou “Vista Chinesa” pela Todavia.

É uma rima com a lista do Prêmio Oceanos, também divulgada na terça só com mulheres entre as indicadas brasileiras, o que confirma o excelente momento vivido pela literatura feita por elas hoje.

Alguns dos nomes mais chamativos da lista de finalistas divulgada em outubro continuam no páreo, como a biografia de Lula feita por Fernando Morais e o segundo volume de “Escravidão”, de Laurentino Gomes. O jornalista Diogo Bercito e a cartunista Laerte voltam a aparecer com o livro-reportagem “Brimos” e os quadrinhos de “Manual do Minotauro”, nesta ordem.

Também na categoria dos quadrinhos permanece “Brega Story”, do paraense Gidalti Jr., pela Brasa Editora. O trabalho inspira-se na cena bregueira paraense e já foi vencedor da CCXP Awards como melhor álbum este ano. O quadrinhista também não é estreante na lista do Jabuti, seu álbum anterior, “Castanha do Pará”, levou o prêmio em 2017, na categoria estreante de Histórias em Quadrinhos.

“Pra gente que trabalha fazendo livro, criando histórias, criando romance, quadrinho, livro infantil, ilustração, é sempre um momento de muita expectativa, tendo em vista que um projeto de quadrinhos, no meu caso, às vezes me toma quatro anos de pesquisa, produção. Então, é muito tempo trabalhando, muita dedicação e a gente sabe o contexto de se produzir arte no Brasil, é sempre um ambiente de muita dificuldade, muitos obstáculos para serem vencidos”, disse Gidalti ao Caderno Você, quando o Jabuti anunciou sua lista dos 10 indicados.

Outro livro paraense que permanece no páreo é “Letras que Flutuam”. Antes incluído nas categorias Melhor Livro de Artes, Capa (com o trabalho de Felipe Wanzeler) e Projeto Gráfico, assinado por Sâmia Batista, ele segue nesta última categoria e já se despede das demais. A indicação também já havia sido comemorada por Fernanda Martins. “Depois de 15 anos de pesquisa e atividades educativas, publicar um livro sobre o ‘Letras’ era um grande sonho”, disse. “Ser finalista no Prêmio Jabuti, além de uma grande honra, nos indica que foram boas escolhas”, completa.

E houveram outras eliminações chamativas no gargalo entre as duas listas, são algumas delas o livro de memórias do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, entre as biografias, e o livro póstumo de contos de Sérgio Sant’Anna, entre os contos. Dos três paraenses indicados anteriormente, ficou de fora da lista de finalistas, a antologia poética de Max Martins, “Say It (Over and Over Again)”, lançado pela Editora da UFPa. Permanecendo outros como “Algo Antigo”, de Arnaldo Antunes, e “Risque Esta Palavra”, de Ana Martins Marques. Os vencedores serão conhecidos no próximo dia 24, em uma cerimônia no Theatro Municipal de São Paulo.

*com Folhapress