A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informa que ainda não há registros da subvariante da Covid-19 ômicron BQ.1 no Pará. A sublinhagem está associada ao aumento recente de casos de Covid-19 na Europa e nos Estados Unidos.
No Brasil, as primeiras ocorrências foram confirmadas no Amazonas, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. A confirmação da variante foi feita pela Fiocruz por meio de sequenciamento genético. Os casos agora estão sob investigação epidemiológica das Vigilâncias Municipal e Estadual.
“Ela consegue fugir dos anticorpos, tanto produzidos por quem se vacinou quanto pela infecção natural, o que aumenta a capacidade dela de causar infecção”, diz Alberto Chebabo, presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), em entrevista à Folha de São Paulo.
“O esquema com duas doses não é suficiente para proteger completamente contra essas novas subvariantes exatamente por esse escape imune, pelas mutações que elas têm”, reforça Chebabo.
Em declaração publicada no fim de outubro, o grupo consultivo da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre evolução do vírus Sars-CoV-2 reuniu informações sobre duas novas subvariantes da ômicron: XBB e BQ.1. Para os especialistas, elas não divergem o suficiente para ganhar um novo rótulo ou modificar a forma como a Covid-19 vem sendo enfrentada, mas a situação será regularmente reavaliada.
De acordo com a OMS, a XBB e suas derivadas são uma recombinação das sublinhagens BA.2.10.1 e BA.2.75 da ômicron. No início de outubro, elas tinham prevalência global de 1,3% e já haviam sido detectadas em 35 países, entre eles Singapura e Índia.
A BQ.1 e sua sublinhagem BQ.1.1, por sua vez, são provenientes da BA.5 e, há um mês, tinham prevalência de 6% e registro em 65 países. No documento, a OMS chama atenção para as mutações dessas subvariantes e o escape imune, mas indica não haver dados que sugiram aumento na gravidade da doença.
TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE A SUBVARIANTE
PERGUNTAS E RESPOSTAS
Era esperada a chegada da subvariante BQ.1 ao Brasil?
Sim. Com o aumento de casos nos Estados Unidos e na Europa e a facilidade de locomoção, era iminente a chegada da BQ.1 ao Brasil.
Quais são os sintomas da subvariante?
Assim como outras subvariantes da ômicron, a BQ.1 pode causar febre, coriza, sintomas gastrointestinais, dor no corpo, dor de cabeça, dor de garganta e rouquidão.
Como se proteger?
Tomar todas as doses de vacina recomendadas para sua faixa etária, incluindo as doses de reforço, é a melhor forma de proteção. Além disso, é importante intensificar a higienização das mãos e, no caso de idosos e pessoas imunodeprimidas, usar máscara em locais fechados ou com aglomeração.
Como proteger as crianças que ainda não têm vacina disponível?
Evite levá-las para ambientes fechados ou com aglomeração, como supermercados, shoppings e restaurantes, e caso seja possível fuja também do transporte público.
Visitas de familiares e amigos com sintomas respiratórios devem ser adiadas e vale reforçar para todos a importância da higienização das mãos antes do contato com a criança. Caso ela vá para a creche, conheça o funcionamento da unidade, verifique se há pontos adequados para higienização das mãos e se os profissionais estão orientados.
Fonte: Redação do DIÁRIO e Folhapress