Matheus Miranda
Depois de quase três meses de inatividade do futebol profissional azulino, o Clube do Remo ainda segue o seu planejamento para a próxima temporada sem a nomeação de um diretor-executivo, peça apontada pelo próprio presidente Fábio Bentes como determinante para a construção de uma equipe robusta, qualificada e homogênea para o calendário de 2023.
O atraso, internamente, já vem tirando um pouco da paciência dos dirigentes dado o período estipulado para definições nos cargos responsáveis pelo departamento de futebol. Atualmente, o corpo profissional conta somente com a presença de Marcelo Cabo assegurada como treinador para o ano que vem.
As prioridades apontadas pelo Mais Querido não entraram em acordo para parceria. A mais recente foi com o executivo Alarcon Pacheco. Atualmente na Chapecoense-SC, o dirigente priorizou o estudo de propostas para equipes da segunda divisão pra cima neste final de ano. A preferência pela Série B ou mercados mais lucrativos e de vitrines, como é o caso dos estaduais no Sudeste, já é de ciência no Evandro Almeida.
“A gente sabe que para começo de ano é difícil o mercado, mesmo com o nosso poder de investimento a preferência é pelo Paulista ou equipes que vão jogar a Série B. A gente está com o radar ligado e esperando uma oportunidade”, disse uma fonte interna azulina.
Apesar das negativas, os remistas se mantêm otimistas em selar acordo na próxima semana, por dois motivos específicos: o primeiro por casar com o fim da Série B do Brasileiro e o segundo pelo tempo de preparação de antecedência à pré-temporada no gramado, hoje programada para começar no dia 15 de dezembro.
A expectativa em adiantar os trabalhos se dá pelo esqueleto atual ainda sem tanto esboço no futebol profissional. Com exceção da comissão técnica, dos atletas mantidos desta temporada e dos acordos verbais com quatro jogadores que jogaram pelo Leão Azul na Série C, todos os demais setores estão em aberto. Nesse sentido, o alerta segue vivo.
“Está sendo um pouco corrido pelo tempo, mas não vamos abrir mão agora do que acertamos. Queremos um profissional qualificado, que se encaixe no perfil. A gente sabe as prioridades do mercado hoje mas sabemos as nossas também. É aquela coisa, está um pouco complicado, mas às vezes bate aquele estalo que estamos procurando”, explicou a fonte na diretoria.
Parte da ansiedade em definições funções pelo lado azul-marinho é devido à supervisão em atletas com potencial de defender o time no ano que vem. De acordo com a fonte, quatro atletas estão bem avaliados para vestir a camisa do clube. A ausência de um executivo, nesse ponto, impede o avanço nas tratativas. “A gente sabe da importância. Estamos trabalhando para resolver isso logo”, pontuou.