Pará

NOVEMBRO AZUL: Ações combatem câncer de próstata

No Brasil, são esperados 71 mil novos casos até 2025, sendo importante para os homens procurarem atendimento médico, acima do preconceito com exames. Saiba mais sobre a doença e como tratá-la. Foto: Divulgação
No Brasil, são esperados 71 mil novos casos até 2025, sendo importante para os homens procurarem atendimento médico, acima do preconceito com exames. Saiba mais sobre a doença e como tratá-la. Foto: Divulgação

Pryscila Soares

O câncer de próstata é o segundo tipo mais incidente no homem, atrás somente do câncer de pele, além de ser o segundo que mais mata no Brasil, depois da neoplasia maligna de pulmão. Até o final do ano, são estimados mais de 930 casos novos de tumor de próstata no Pará, uma taxa de 33,08 casos para cada 100 mil homens, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Realizada anualmente, a campanha Novembro Azul chama atenção para a importância do diagnóstico precoce da doença. Se tratada no início, as chances de cura são de quase 100% dos casos.

Referência no rastreio, diagnóstico e tratamento da doença, o Hospital Ophir Loyola (HOL) promove a campanha “Um toque pela Vida” para conscientizar a população masculina sobre esse tipo de câncer, que está entre as quatro principais causas de morte prematura de homens, antes dos 70 anos de idade, na maioria dos países.

Em Belém, o HOL tem 507 pacientes em tratamento contra a doença. Deste total foram registrados 282 casos novos até setembro deste ano. No mesmo período, foram realizadas mais 4.424 consultas de urologia e 73 cirurgias. Além dos danos físicos, a doença envolve aspectos psicológicos associados às mudanças no comportamento sexual que podem
levar à depressão, ao isolamento e à irritabilidade.

“O objetivo da campanha é a conscientização para os homens sobre a necessidade de fazer o exame da próstata. Muitas vezes é uma doença silenciosa e indolor. Às vezes o paciente não sente nada, mas existe o problema. Detectando precocemente tem quase 100% de chances de curar. Por isso, há necessidade dos exames de rastreio. A partir do momento em que não tem um diagnóstico precoce, as chances de cura ficam limitadas”, pontuou o urologista Ricardo Tuma, chefe do serviço de urologia do HOL.

RASTREIO

Segundo o especialista, o início do acompanhamento é indicado para os homens com idade a partir dos 45 anos. Antes disso, devem procurar o especialista aqueles que possuem histórico da doença na família ou quem apresentar sintomas urinários tais como sangramento, ardor e retenção da urina.

Existem três tipos de exames básicos de rastreio, sendo o de ultrassom; o exame de sangue chamado PSA, além da avaliação do especialista por meio do toque da próstata para examinar o paciente.

“A partir do momento em que é observado um nódulo ou alguma alteração do PSA, prosseguimos o rastreio com outros exames como a biópsia para ter o resultado da possível alteração. Quando se detecta a doença tem que tratar. O Ophir Loyola está preparado para o atendimento completo com diagnóstico, tratamento com cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Atendemos o paciente de ponta a ponta, objetivando
a cura”, garantiu Tuma.

Além do tradicional exame de toque da próstata, esse tipo de câncer pode ser detectado através de coleta de sangue e ultrassom. FOTO: divulgação

As repetidas realizações de campanhas em prol da conscientização têm ajudado a diminuir o preconceito do público masculino com relação ao exame de toque, conforme ressaltou o médico. “Já melhorou bastante, comparando com 15, 20 anos atrás. Hoje a maioria dos homens entende a necessidade de fazer o exame de toque retal. Ainda há preconceito e a gente respeita a individualidade do paciente, mas explica a necessidade”, disse.

 

CAMPANHA UM TOQUE PELA VIDA

l A campanha visa conscientizar a população masculina sobre o câncer da próstata, que está entre as quatro principais causas de morte prematura, antes dos 70 anos, na maioria dos países.

l Com o diagnóstico precoce e se tratada no início, as chances de cura da doença são de quase 100% dos casos.

l Homens com idade a partir dos 45 anos devem iniciar o acompanhamento com o urologista para fazer os exames de rastreio. Antes disso, devem procurar o especialista quem possui histórico da doença na família ou apresentar sintomas urinários como sangramento, ardor e retenção da urina.

l Há três tipos de exames básicos de rastreio: ultrassom, exame de sangue e avaliação do especialista por meio do toque da próstata.

l Os fatores de risco que favorecem o surgimento da doença são: hereditariedade, idade avançada, indivíduos da raça negra, consumo exagerado de alimentos gordurosos e outros.

l Além do acompanhamento com o especialista, os médicos orientam alimentação saudável, combater a obesidade, evitar fumo e consumo de drogas e praticar atividades físicas.