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Daniel prepara DVD que celebra João Paulo

foto: reprodução/ Instagram
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O cantor João Paulo morreu em 1997, vítima de um grave acidente de carro. Seu parceiro de palco na época, Daniel, teve de se reinventar em carreira solo. Hoje, passados 25 anos, o sertanejo afirma que o amigo continua em sua vida e em sua música. E para provar isso, prepara um DVD lembrando o companheiro, com sucessos marcantes da trajetória da dupla, que esteve na estrada de 1980 a 1997.

O projeto “Daniel canta João Paulo e Daniel” faz parte das comemorações pelos 40 anos de carreira do músico – que incluem ainda um cruzeiro de 15 a 18 de dezembro. A gravação do DVD acontecerá em 21 de dezembro, no Vibra São Paulo, e vai reunir 21 artistas que foram referência para a dupla. Chitãozinho e Xororó, Bruno e Marrone, Maiara e Maraisa e Michel Teló são alguns dos nomes confirmados.

Daniel, que pretende lançar o projeto também em vinil, diz que João Paulo está ausente fisicamente, mas que sua energia ainda permanece. “Não tem como não recordar do João Paulo e não trazer ele nos nossos pensamentos, na mente. É sempre constante”, afirma ele, que mantém contato com a viúva, a filha e um dos irmãos de João Paulo. Eles inclusive moram perto do sertanejo e estarão na gravação do DVD.

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Daniel mantém até hoje os últimos microfones e chapéu usados por João Paulo, e uma chácara que comprou dele porque usava o campo de futebol do local mais que o amigo – apesar de admitir que hoje joga menos devido à falta de preparo físico. “O futebol é muito extremo e eu estava ficando mais machucado. Então, eu decidi dar uma pausa”, revela o sertanejo.

Questionado se a dupla ainda estaria junto se João Paulo estivesse vivo, Daniel afirma que teria grande possibilidade devido à união e consciência de saber que começaram juntos. O cantor diz que mesmo com personalidades tão diferentes, João Paulo era mais explosivo e ele mais calmo, no final as coisas davam certo. “A gente tinha harmonia apesar das diferenças, o que é normal com pessoas que têm algum tipo de relacionamento”.

Daniel afirma que era tão amigo do João Paulo que as únicas coisas que vieram a sua cabeça quando ele morreu foi que tudo tinha acabado e uma vontade grande de parar a carreira o mais rápido possível. Ele também fez questão de esclarecer que, ao contrário do que foi noticiado, João Paulo não trabalhou para o seu pai, José Sebastião Camillo, mas que o registrou como funcionário para que ele ganhasse um salário fixo e pudesse se dedicar exclusivamente à música – como fazem muitos investidores hoje na música.

APOIO
Segundo o cantor, se ele não tivesse recebido força das famílias – tanto da sua como da de João Paulo – e dos fãs, não teria continuado na música após a morte do amigo. “Eu tinha consciência que deveria cumprir o compromisso que a gente tinha [de shows], era como se ele ainda estivesse presente aqui e eu fiz”, disse. “Mas foi difícil encontrar forças, viu?! A gente tem que se superar”.

Aos 54 anos, o cantor diz ainda ter muita energia e não tem planos de encerrar a carreira, mas não se vê nos palcos fazendo shows a vida inteira. A ideia é continuar cantando enquanto estiver bem, em condições de passar positividade e mensagens de paz, felicidade e esperança. “Se eu sentir que não estou bem, acho que será a hora de ter outra coisa”, afirma deixando claro que isso está longe de acontecer.

PATERNIDADE
Pai de três meninas – a caçula nasceu em janeiro -, o cantor diz que a paternidade mudou totalmente a sua vida e o levou a diminuir o ritmo de shows para estar presente na orientação e educação das filhas. “Tentamos adiantar aquilo que elas vão encontrar pela frente, ou seja, os obstáculos e barreiras, mas nada como a vida. A gente torce para que elas sejam felizes, esse é o nosso grande desejo”.

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Com duas filhas de 10 e 12 anos, o cantor afirma que foi um presente ser pai novamente depois dos 50. Segundo ele, algumas coisas estão diferentes, mas ainda é uma pessoa saudável e está conseguindo viver intensamente a paternidade. “Estou renascendo de novo, é uma experiência única ter a oportunidade de ser pai um pouco mais maduro. Você vive de forma ainda mais intensa”.

Texto: Martha Alves/ Folhapress