Trinta e cinco filmes vão participar das duas mostras competitivas do Festival Pan-Amazônico de Cinema – AmazôniaFidoc este ano, que ocorre a partir do dia 10 de novembro, em Belém, com exibições no Cine Líbero Luxardo e entrada gratuita. Serão oito curtas e sete longas-metragens na Mostra Amazônia Legal, que apresenta produções de realizadores brasileiros do território amazônico, e outros 12 curtas e oito longas na Mostra Pan-Amazônia, que reúne produções de realizadores dos nove países amazônicos. Os vencedores serão conhecidos no dia 20 de novembro, na cerimônia de encerramento do festival.
Os filmes selecionados foram divulgados pela organização do festival na última sexta-feira, 28, e foram escolhidos num conjunto de 848 filmes inscritos, entre documentários e obras de ficção do Brasil e do exterior. A escolha foi feita por um júri formado por profissionais com ampla atuação na área de cinema e audiovisual no Brasil, como Zienhe Castro, idealizadora e diretora geral do festival.
“Recebemos inscrições de realizadores de todos os estados da Amazônia e todos os demais estados brasileiros, com exceção de Sergipe e Alagoas, no âmbito nacional. Já em nível internacional, contemplamos apenas os países da Pan-Amazônia e tivemos inscrições do Peru, Colômbia, Equador, Bolívia e Venezuela. Só não tivemos inscrições de Guiana, Suriname e Guiana Francesa (França)”, analisa Manoel Leite, curador e produtor executivo.
Ele explica que excepcionalmente este ano foram aceitas inscrições da Espanha, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos, pois nesses casos todos se tratavam de cineastas amazônicos radicados naqueles países.
Seleção reflete diversidade da Amazônia
De acordo com Zienhe Castro, esta oitava edição reflete, em sua diversidade de olhares, a heterogeneidade da Amazônia e de questões que envolvem a região. “Há filmes com olhares femininos, dirigidos por mulheres, inclusive mulher trans; outros com a sensibilidade da autoria indígena, o que mostra o protagonismo dos povos tradicionais em narrarem as suas próprias histórias. Além disso, num momento de retomada da produção, o cinema amazônico mostra sua força e sua maturidade, um senso de compromisso com a floresta em pé, uma bandeira internacional e nosso tema neste ano”, destaca a diretora.
Para a Mostra Amazônia Legal, foram selecionados os curtas “Centelha” (AC), de Renato Vallone, “Jamary” (AM), de Begê Muniz, “Utopia” (AP), de Rayane Penha, “Karaiw A’e Wá” (MA), de Zahy Guajajara, e ainda dos paraenses “O filho do homem”, de Filipe Rodrigues, “Um céu partido ao meio”, de Danielle Fonseca, “Vem Pilum: A história do dilúvio”, de Thiago Morais, e “Iauaraete”, de Xan Marçall.
Também os longas “Dona Raimundinho do Rio Tajapuru” (PA), de Chico Carneiro, “No vazio do ar” (PA), de Priscilla Brasil, “Onde fica Nova Esperança?” (PA), de Thiago Foresti e Renan Montenegro, “Uyra, a retomada da floresta” (MA), de Juliana Curi, “Os devotos de São Sebastião” (PA), de André dos Santos e Artur Arias Dutra, “Pistolino e o filme que não acaba nunca” (AM), de Anderson Mendes, e “Maria e Zé Cláudio” (PA), de Evandro Costa de Medeiros.
Na Mostra Pan-Amazônia, serão exibidos os curtas “Tecido, Sigiloso” (RJ), de Lucílio Jota, “Benzedeira” (PA), de San Marcelo e Pedro Olaia, “Airão Velho, Sayonara” (AM), de Sandro Vilanova, “O motor e a melodia” (Peru), de Juan Antonio Limo Giribaldi e Manuel-Antonio Monteagudo, “Itinerário de cicatrizes” (MT), de Glória Albues Martins, “Ava Kuña, Aty Kuña – Mulher indígena, Mulher política” (SP), de Julia Zulian, “Deus me livre” (PR), de Carlos Henrique de Oliveira e Luis Ansorena Hervés, “Shirampari: A herança do rio” (Peru), de Lucia Florez,
“Não olhe para trás” (RJ), de Malu Portela, “A nós, solitários” (SP), de Guilherme de Oliveira, “Mar de azul” (Venezuela), de Juan Carlos, e “O ovo” (BA), de Rayane Teles.
Entre os longas, foram selecionados para a competição os filmes “Segredos de Putumayo” (AM), de Aurélio Michiles, “Entre cão e lobo” (Colômbia), de Irene Gutiérrez, “Noites alienígenas” (AC), de Sérgio de Carvalho, “Amazônia, a nova Minamata?” (SC), de Jorge Bodanzky, “Samichay, em busca da felicidade” (Peru), de Mauricio Franco, “A garota invisível” (Peru), de Dorian Fernández, “Tudo é rio” (TO), de Helen Lopes, e “Seja água – Do Andes à Amazônia” (Bolívia), de Julia Blagny.
PROGRAME-SE
Festival Pan -Amazônico de Cinema – AmazôniaFidoc 2022
Quando: 10 a 20 de novembro
Onde: Cinema Líbero Luxardo (Centur/FCP – Av. Gentil Bittencourt, 650 – Nazaré)
Quanto: Gratuito
Informações:
www.amazoniadoc.com.br