O Centro de Reeducação Feminino (CRF), localizado em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém (RMB), é a maior casa penal feminina do Estado, com 422 internas. No final da tarde desta sexta-feira (28), a unidade celebrou a entrega da muralha, do pórtico e a reconstrução e ampliação do seu bloco semiaberto, com a presença do governador Helder Barbalho e do secretário de Administração Penitenciária, Cel PM Marco Antonio Sirotheau Corrêa Rodrigues.
Antes da intervenção, o muro do CRF tinha apenas dois metros de altura. Com a transformação em muralha, passou para cinco metros, tendo 200 metros de extensão. A nova muralha também ganhou três novas guaritas de vigilância com vidros blindados.
O novo Pórtico substituiu a entrada improvisada e limitada que antes existia na unidade. Agora, foi ampliado e adequado para as reais necessidades da casa prisional. Ele passou a contar com módulo de recepção e revista e foi aparelhado com equipamentos de raio-x de bagagem.
O bloco semiaberto foi reconstruído e ampliado, gerando 42 novas vagas para o sistema penitenciário – saiu das 80 que existiam para 122. Além disso, também foi implantado um depósito de resíduos sólidos, urbanização da área externa com duas praças a criação de um estacionamento. O investimento total na obra ultrapassa R$ 1,5 milhão.
A Seap ainda recebeu um carro forte blindado que irá atender as demandas da Secretaria de audiências, perícias médicas, transferências e outras atividades. Para a diretora do CRF, Érica Sousa, as intervenções realizadas na unidade prisional são muito significativas, uma vez que garantem o aprimoramento do trabalho dos servidores e melhores condições de custódia para as internas.
“Isso permitirá uma melhor distribuição das internas, com um perfil mais específico: internas do trabalho externo; internas que fazem parte da produção; internas com algum tipo de doença que requer um tratamento diferenciado; uma cela de triagem e uma sala especial destinada a internas que possuem formação superior”, afirmou.
O governador Helder Barbalho visitou as novas instalações do CRF e conheceu o trabalho da Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina (Coostafe), única cooperativa do Brasil formada por mulheres privadas de liberdade, que tem o Centro de Reeducação Feminino como sede. Ele foi presenteado com um quadro e uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré, além de biscoitos e produtos de panificação confeccionados pelas detentas.
CAPACIDADE
Atualmente, o CRF conta com 422 internas, que estão envolvidas em diversas atividades de reinserção social, entre trabalho e educação, tais como: Turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em três turnos (manhã, tarde e noite); Cooperativa Coostafe; Fábrica de corte e costura (fabricação de uniformes); Panificação (produção de pães para as unidades prisionais da Região Metropolitana de Belém); Projetar o Futuro; Respirando a Liberdade; Sons da Liberdade; Projeto “Realize”, junto à Vara de Execuções Penais e Faculdade Estácio; além da realização de uma turma do Ibraema (alfabetização).