Trabalho em excesso traz vários resultados negativos para os profissionais, a Síndrome de Burnout é uma dessas consequências, porém, existem resultados ainda mais graves do que esse. Segundo um estudo feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), as longas jornadas de trabalho estão matando milhares de pessoas por ano. A pesquisa revelou que 745 mil pessoas vieram a óbito em 2016 por causa de derrames e doenças cardíacas relacionadas ao trabalho.
O Brasil é um dos países que tem 4% da população afetada por longas jornadas (55 horas ou mais por semana). De acordo com o relatório, os profissionais mais afetados são os que vivem no Pacífico Ocidental e Sudeste Asiático.
A pesquisa feita pela OMS ainda conseguiu descobrir que existe uma ligação entre Acidente Vascular Cerebral (AVC) e as jornadas de trabalho de 55 horas ou mais por semana. Quem trabalha por longos períodos como esse, tem um risco 35% maior de ter um AVC e 17% mais chances de morrer de uma doença cardíaca quando se coloca em comparação com pessoas que trabalham entre 35 a 40 horas de trabalho por semana. Em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o relatório conseguiu descobrir que três quartos das pessoas que morrem por excesso de trabalho são homens de meia idade ou mais velhos.
Como reverter a situação
No Brasil, a jornada estabelecida pela Constituição Federal, art. 7.º, é de 44 horas semanais, 8 horas diárias. Mas o excesso de trabalho continua acompanhando muitos profissionais, que acabam realizando atividades fora do trabalho mesmo fora de seus horários, como responder e-mails, atender ligações ou até mesmo participando de reuniões. Com a pandemia e o trabalho remoto, alguns profissionais relataram o excesso de trabalho que surgiu.
Empresas podem oferecer um canal de diálogo aberto entre empresa e funcionários, assim como incentivar programas voltados para a saúde mental, prática de exercícios físicos, realização de eventos falando sobre o tema e não colocando excesso de trabalho ou de horas extras para os seus profissionais.