Em Minas Gerais, um dos estados mais disputados pelas campanhas nesta reta final do segundo turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua à frente na disputa presidencial, com 45% das intenções de voto, contra 40% do presidente Jair Bolsonaro (PL), aponta a pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (27).
Indecisos são 8%, e os que declaram que votarão em branco, anularão ou não irão votar são 7%, indica o levantamento, que é financiado pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
Considerando apenas os votos válidos -que excluem os brancos e nulos e são usados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para totalizar o resultado das eleições–, o petista tem 53%, e o presidente, 47%.
Após a primeira votação, a Quaest incluiu em seus levantamentos um novo cálculo, considerando os eleitores com maior probabilidade de ir votar no próximo domingo (30). Por essa conta, Lula registra um pouco menos dos votos válidos (52,2%), e Bolsonaro, um pouco mais (47,8%).
Na capital, Belo Horizonte, Bolsonaro teria 43% dos votos totais, enquanto Lula teria 40%. Na região metropolitana, ambos empatariam com 42%, enquanto no interior de Minas Gerais a vantagem do petista é mais ampla, com 45% para Lula e 39% para Bolsonaro.
A empresa de pesquisa e consultoria ouviu 2.200 pessoas com mais de 16 anos em seus domicílios, de segunda (24) até a noite desta quarta (26). O número do registro na Justiça Eleitoral é BR-09544/2022.
As campanhas de Lula e de Bolsonaro cantam vitória em Minas, um terreno considerado crucial na definição do resultado.
Enquanto aliados do presidente dizem que o apoio do governador Romeu Zema (Novo) e a pressão sobre prefeitos do interior já surtiram efeito, petistas dizem que todas essas ações não têm potencial para mover votos de forma significativa e que a distância obtida por Lula no primeiro turno, de cinco pontos percentuais, se mantém.
Desde a redemocratização, todos os eleitos também triunfaram nas urnas mineiras: de Fernando Collor (1989) a Jair Bolsonaro (2018), passando por Fernando Henrique Cardoso (1994 e 1998), Luiz Inácio Lula da Silva (2002 e 2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014).
O estado tem o segundo maior colégio eleitoral do Brasil (15,8 milhões), só atrás de São Paulo (33,1 milhões).
As pesquisas eleitorais são um retrato da intenção dos eleitores no momento em que as entrevistas são feitas, e não uma projeção do resultado eleitoral, que só será conhecido no dia do pleito, com a apuração oficial.
Até o instante de apertar o botão na urna, muitas variáveis podem fazer com que as pessoas mudem de posição. Para fazer uma análise mais ampla do cenário eleitoral, o eleitor deve levar em conta o conjunto de questões que os levantamentos abordam.