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Cabanagem será tema de série de filmes

Foto: divulgação
Foto: divulgação

Texto: Aline Rodrigues

Está sendo gravado em Belém o primeiro longa-metragem da “Saga Cabanagem”, da diretora e roteirista Elizabeth Santos. Serão cinco filmes sobre a revolta popular ocorrida de 1835 a 1840, na então província do Grão-Pará. “O primeiro será sobre a fase pré-Cabanagem. Teremos o início da imprensa no Pará, com Felipe Patroni e Batista Campos; a tomada de Caiena [na Guiana Francesa]; a entrada de ideias iluministas, influência da Revolução Francesa e da Revolução Constitucionalista do Porto, ideias revolucionárias que contribuíram para gerar o embrião da Cabanagem”, adianta a diretora.

Além de Belém, as gravações aconteceram também em algumas cidades do interior do Pará e no Rio de Janeiro. A autora lançou, em 2019, o livro “A Revolta da Cabanagem no Pará”, na Feira Pan-Amazônica do Livro, e montou um espetáculo com alunos do programa Educação de Jovens e Adultos (EJA). Desde então, surgiu a ideia de fazer o filme. “Comecei a fazer curso de roteiro e pós-graduação em cinema para me preparar melhor para o projeto. O filme começou a pré-produção em 2020. Tem muitas informações históricas importantes que precisam ser resgatadas”, diz a autora.

Diretora busca colaborações para realização

O filme está sendo rodado com recursos próprios de Elizabeth e tem previsão de lançamento para o final de 2023, mas precisa de patrocínio para que a história dessa revolta popular do período regencial, onde o povo efetivamente tomou o poder e exerceu o governo mesmo que por um período curto, seja contada na telona. “O Pará tem uma riqueza histórica e diversidade cultural que precisam ser valorizadas e o filme terá esse objetivo, mostrar ao mundo nossa história, memória e cultura”, contou a diretora.

 

Quem quiser apoiar o projeto pode entrar em contato direto com a diretora. “Precisamos muito de recursos porque fazer um longa-metragem de 1h40 exige muito esforço e recursos financeiros. Precisamos valorizar nossa história através do audiovisual, precisamos de apoio para que nossa história seja conhecida pelo Brasil e pelo mundo”, pontuou Elizabeth. Nos cinco filmes a previsão é que estejam envolvidas cerca de 350 pessoas, entre elenco e figurantes. Com falta de recursos, o primeiro está sendo gravado com cerca de 70 pessoas, incluindo atores de várias cidades do Pará.

A partir do projeto, a diretora criou a própria produtora, a Storyfilmes, com foco na produção de filmes históricos. “Temos preparadores de elenco, atores mais experientes que estão nos ajudando aqui e no Rio de Janeiro. Ficará como legado para outras gerações, pode ser levado às escolas de nível fundamental, médio, universidades, e contribuir com o conhecimento histórico. A população em geral pode assistir e conhecer suas raízes e história”, finalizou Elizabeth, que pretende lançar o filme também no Rio e em Portugal.

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