Tylon Maués
Quando da reapresentação do elenco bicolor para a disputa da Copa Verde de 2022, dia 5 de outubro, o presidente Maurício Ettinger afirmou que ninguém mais seria contratado para a competição e que qualquer carência dentro do grupo seria suprida com os jogadores da base. São sete ao todo, sendo que três deles, o goleiro Cláudio Vitor e os volantes Éric e Yure já treinavam entre os titulares. A eles foram acrescidos os laterais Renan Moura e Thiago Felipe e os atacantes Adilson e Roger. Mas, a ideia de não contratar mais ninguém foi ladeira abaixo com o anúncio do centroavante Matheus Batista. Mas, para quem subiu agora, mesmo com a concorrência a mais, a oportunidade de estar no grupo principal é uma motivação a mais.
Aos 20 anos, o atacante Adilson chegou esse ano na Curuzu, contratado para o sub-20 mas, principalmente, para o Campeonato Brasileiro de Aspirantes, onde acabou sendo adaptado de um jogador que atuava mais pelos lados para mais centralizado, como um homem de área. Ontem, em sua primeira entrevista coletiva como jogador profissional do Papão, ele falou de seu histórico no clube.
“Cheguei esse ano ao Paysandu para o sub-20 e agora fui promovido ao elenco profissional para ajudar. Sou um jogador de velocidade, que atua pelos lados, que vai para o mano a mano. Curiosamente, no sub-20 e no Campeonato Brasileiro de Aspirantes fui utilizado como um centroavante. Tive dificuldades no começo, mas aos poucos fui me acostumando”, disse Adilson.
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ACOLHIDA
O atacante comentou sobre a recepção que teve dos jogadores mais experientes, considerada por ele como muito boa, o que vem facilitando a adaptação. “Estar ao lado desses atletas mais experientes é muito bom, eles nos passam dicas, exemplos e coisas que podemos usar em nosso jogo. A preparação junto com o elenco que ficou é muito boa. Eu e os outros garotos que subiram, estamos treinando forte para aproveitar a oportunidade. A Copa Verde vai trazer dificuldades, mas podemos chegar ao título”.
Sobre os primeiros contatos com o técnico Márcio Fernandes, Adilson ressaltou a forma como ele e os novatos foram recebidos pelo novo comandante, com uma injeção de ânimo para quem está iniciando a caminhada entre os profissionais. “Ele nos recebeu muito bem, nos passa confiança todos os dias. Obviamente quem sobe da base sente uma ansiedade natural, mas aos poucos a gente vai se soltando e podendo mostrar nosso futebol”, cita Adilson.
Natural de Belém e tendo iniciado a carreira no futsal, inclusive no Paysandu, Adilson tem uma inspiração muito comum aos atacantes de sua geração, uma referência tanto de talento quanto de trabalho forte. “Me espelho no Cristiano Ronaldo, não só pelo talento dele, mas pela forma profissional como ele encara o futebol. É um exemplo muito grande para quem quer vencer na vida”.
