Seu bolso

Empréstimo consignado do Auxílio Brasil requer cuidados. Veja dicas!

As agências bancárias não estarão abertas para atendimento presencial ao público no Dia de Finados, em 02 de novembro (quinta-feira). Foto Rogério Uchôa/Diário do Pará.
As agências bancárias não estarão abertas para atendimento presencial ao público no Dia de Finados, em 02 de novembro (quinta-feira). Foto Rogério Uchôa/Diário do Pará.

Trayce Melo

Na última segunda-feira (17), a Caixa Econômica Federal liberou R$ 1,8 bilhão em empréstimos consignados para 700 mil beneficiários do Auxílio Brasil e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Os contemplados do Auxílio Brasil poderão fazer empréstimos de até 40% do total do benefício e autorizar a União a descontar o valor da parcela dos repasses mensais.

O banco começou a oferta dessa modalidade de crédito no início da semana passada, com taxa de juros de 3,45% ao mês, um pouco abaixo do teto estabelecido por uma portaria do Ministério da Cidadania, que é de 3,5% ao mês. Embora limitada pelo governo, a taxa de juros para beneficiários do Auxílio Brasil é maior do que a do crédito consignado para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de até 2,14% ao mês. Além da Caixa, outras 11 instituições de menor porte se credenciaram para
oferecer o empréstimo.

Vice-presidente regional da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Ana Ferrari lista vantagens em torno do empréstimo consignado do Auxilio Brasil. “Algumas são os juros mais baixos, de até 3,5% ao mês, sem comprometimento do salário, pois desconta direto do benefício social e o banco leva 48 horas para creditar os recursos na conta do beneficiário’’, explica. Por outro lado, ela também alerta aos beneficiários sobre os riscos da modalidade de empréstimo. “Mas o princípio do empréstimo é ter um controle financeiro, fazer o orçamento doméstico e as despesas fixas, evitando complicações futuras com dívidas longas com altos
juros para pagar”, pontua.

 

ORIENTAÇÕES

A educadora financeira sugere utilizar a modalidade de empréstimos somente em casos extremos. “Utilizando somente em casos de extrema necessidade, colocando um teto de 30% do grau de comprometimento com a renda familiar. Principalmente para quem está atolado em dívidas e quer liquidá-las, ou pelo menos reduzi-las”, argumenta Ana Ferrari.

A economista também indica que escolha o banco com cautela e compare os juros. “Avalie a sua necessidade de crédito, faça um planejamento para pagar as parcelas, conheça as modalidades de crédito disponíveis no mercado, pesquise os prazos e taxas de juros, tome cuidado com golpes e fraudes e leia o contrato antes de assinar”, finaliza.