Da Rola Cansada à Tiquira, as boas novas de São Luís

Que o destino preferido dos paraenses no Nordeste é Fortaleza (CE) não é surpresa pra ninguém. Contudo, aqui ao lado, a menos de 600km de Belém, São Luís é daqueles destinos que sempre valem a pena por vários motivos, a riqueza de seu patrimônio cultural, as belas praias, a gastronomia diferenciada e o jeito de cidade pacata.

A Ilha, como é carinhosamente chamada pelos seus moradores, está longe de beirar a perfeição, mas ainda assim é um tesouro que deveria ser explorado por nós, paraenses, com mais atenção e disposição para descobrir todas as suas nuances.

E pode acreditar que nessa busca por conhecer mais de São Luís, uma visita ao Mercado Central é válida. Aliás, visitar os mercados das cidades é imprescindível quando se quer ter acesso aos costumes do lugar e um contato mais raiz com seu povo. No mercado ludovicense, o turista tem acesso desde o camarão tutóia até a folha da vinagreira e farinha de mandioca seca, ingredientes do tradicional arroz de cuxá, prato típico maranhense.

O espaço também reserva alguns boxes de umbanda, outra característica do estado fortemente marcado pelas religiões de matriz africana; além de outros de bebidas típicas, com suas garrafas de nomes engraçados e cheiros e sabores convidativos.

É assim que se chega ao box “Mercearia do Doriedson”, onde o cliente é atendido pelo simpático maranhense, que faz questão de oferecer uma dose da “mardita”. Tudo para convencer que a sua fabricação artesanal é de primeira qualidade. E assim fica difícil resistir a um gole da Rola Cansada, que mais parece um mel, traiçoeiro por sinal, dada sua elevada graduação alcoólica. E tem mais: Fogozada, Muleque (sic) Doido, Pau Deitado, Amansa Sogra e Licor de Jenipapo.