Pará

Acusada de matar a mãe tem prisão decretada. Relembre o caso!

A justiça decretou a prisão preventiva de Juliana Giugni Cavalcante Soriano de Mello, acusada do homicídio triplamente qualificado por assassinar a própria mãe. Foto: Divulgação
A justiça decretou a prisão preventiva de Juliana Giugni Cavalcante Soriano de Mello, acusada do homicídio triplamente qualificado por assassinar a própria mãe. Foto: Divulgação

A justiça decretou prisão preventiva de Juliana Giugni Cavalcante Soriano de Mello, acusada de perpetrar homicídio triplamente qualificado contra a própria mãe, Arlene Giugni da Silva, em janeiro de 2022. No despacho, juiz João Augusto de Oliveira Jr., da da 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Belém, observou a possibilidade da acusada atrapalhar as investigações policiais caso estivesse em liberdade e coagindo testemunhas.

Ainda na decisão, o magistrado recebeu novo aditamento da denúncia, oferecido pelo Ministério Público do Estado, contra Juliana Giugni. Em 5 de julho, o juízo também recebeu aditamento de denúncia, oferecido pelo órgão ministerial contra Juliana, sob argumento de que, após a conclusão de Laudo Pericial e as declarações das testemunhas, ela seria a autora do crime de feminicídio contra a vítima, Arlene.

Inicialmente, o filho da vítima, Leonardo Felipe Giugni Bahia, foi denunciado como autor do assassinato e por tentativa de assassinato da irmã. Porém, após a inclusão de novas perícias nos autos, a Promotoria de Justiça concluiu que ficou comprovado que o feminicídio contra a mãe foi praticado por Juliana, sendo seu irmão o coautor.

As provas e testemunhos recolhidos pelo Ministério Público foram incluídos na denúncia por meio de aditamentos e, tendo em vista que existem depoimentos que apontam que Juliana tentou alterar as provas processuais, intimidar as testemunhas ou poderia tentar fugir, o MPPA requereu a prisão preventiva.

O que disseram as testemunhas

As testemunhas ouvidas até o momento relataram que a acusada retirou objetos do apartamento, alguns dias após o crime ter ocorrido. A primeira testemunha foi uma funcionária do condomínio, que relatou que a ré solicitou a retirada do colchão onde a mãe foi assassinada, com o pretexto de que os vizinhos estariam reclamando do cheiro de sangue, o que não foi confirmado pela funcionária.

No segundo depoimento, um morador relatou que encontrou a acusada na garagem do condomínio com cerca de três malas, algumas caixas e sacolas retiradas do apartamento.

Entre as solicitações do Ministério Público à Polícia Civil estão a oitiva de vizinhos e porteiros, exame de sanidade mental dos acusados, interceptação de comunicações telefônicas dos acusados, entre outras.

“Na verdade foi Juliana em coautoria com o acusado Leonardo Felipe Giugni Bahia (seu irmão, que inicialmente assumiu a autoria), e após o referido acontecimento, o denunciado Leonardo foi ao quarto da mesma, onde tentou matá-la, contudo, travaram uma luta corporal que lesionou Juliana”, destacou o juiz.

Além disso, o juízo da 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Belém determinou instauração de incidente de sanidade mental da ré Juliana Giugni Cavalcante Soriano de Melo e do acusado Leonardo Felipe Giugni Bahia, uma vez que o Ministério Público do Pará havia solicitado à autoridade policial a realização da perícia.

Fonte: Com informações do TJPA e MPPA