Pará

Motorista flagrado com R$ 2,5 milhões já foi preso por assassinato

A PRF apreendeu R$ 2,5 milhões dentro de um carro e há suspeita de crime eleitoral. Foto: PRF/divulgação
A PRF apreendeu R$ 2,5 milhões dentro de um carro e há suspeita de crime eleitoral. Foto: PRF/divulgação

O motorista flagrado pela Polícia Rodoviária do Pará (PRF) transportando R$ 2,5 milhões em espécie nesta semana foi identificado como Aldo Furtado de Lacerda. Ele tem 48 anos e seria brasiliense. Ele responde por outros crimes no Distrito Federal. No momento da abordagem, ele conduzia um Corolla preto e foi parado durante uma fiscalização no quilômetro 81 da rodovia VR-010, em Ulianópolis.

O carro que ele conduzia tinha placa de Brasília. Em 2012, o suspeito foi preso pela Polícia Civil da capital federal por homicídio qualificado, juntamente com seu irmão, Diego Furtado de Sá. Ambos, em 5 de abril de 2012, atiraram contra um homem que caminhava sozinho na rua da casa onde morava, no DF.

A justificativa para o assassinato, segundo os autos do processo, seria uma rixa entre os irmãos e a vítima, uma vez que Aldo estaria assediando a esposa da vítima. Além disso, em 1993, Aldo se envolveu em um crime de lesão corporal, conforme informou o site do jornal Correio Braziliense.

CRIME ELEITORAL
Aldo, inicialmente, seria enquadrado pelo crime de lavagem de dinheiro e está preso sob custódia da Polícia Federal. Contudo, o chefe da PRF no Pará, Diego Patriota, descreveu em postagem no Instagram como foi a abordagem ao suspeito.

“Os policiais realizaram a abordagem, perguntaram o motivo da viagem e ele alegou que estava indo a Belém encontrar a namorada. Quando questionado sobre a profissão, alegou que era um agente de segurança da Justiça Federal. Depois, ficou bastante nervoso, e os policiais passaram a proceder com uma verificação mais minuciosa, e foram ao veículo”, disse ele. Logo em seguida, os policiais flagraram os R$ 2,5 milhões no veículo.

Logo depois, Diego Patriota deu a entender que a investigação sobre o crime poderia ir além de uma simples hipótese de lavagem de dinheiro, como informara a assessoria da corporação no Pará momentos antes.

“Entendemos que isso pode ser a ponta de um iceberg, considerando que foi identificado entre os pertences desse cidadão de 49 anos, identificações que davam a ele acesso ao Congresso Nacional. A gente está em período de eleição, então fica essa dúvida”, declarou ele, no vídeo, cuja autenticidade foi confirmada pela assessoria da PRF no Pará.

A suspeita, segundo apurou a coluna Painel Político, da Folha de São Paulo, é que se trata de dinheiro para compra de votos, ou pagamento de fornecedor por meio de caixa dois.