Por Carolina Menezes
Fotos Yasmin Cavalcante
Arquiteto urbanista com pós-graduação em Design de interiores e Iluminação e com 12 anos de atuação no mercado, Caíque Lobo consegue, nessa época do ano, unir trabalho e uma paixão de infância: a decoração de Natal. É tanta inspiração que nem mesmo a casa do profissional escapa da “transformação”.
Ele costuma lembrar da própria casa em que morava com os pais, onde a decoração sempre foi tradicional, quando sonhava, junto com a mãe, em ter uma árvore de Natal grande o suficiente para tocar o teto. Hoje em dia, a preparação começa com bastante antecedência, no início de novembro, dando a chance de as crianças da casa curtirem intensamente todo o período. “Adotamos o Dia de Finados para montar nosso Natal, um feriado em que passamos o dia em casa curtindo essa ‘bagunça gostosa”. Normalmente não planejo muito, sempre dou um ‘up‘ em alguns itens e os que já tenho tento reutilizar de forma diferente, para não ficar igual do ano anterior”, revela ele, que apesar de sempre tentar mudar algo aqui e ali, opta em manter mesmo o tradicional.
Família entra no clima desde a montagem
“Fazemos tudo juntos, ouvindo playlist natalina e tudo! Um desembaraça o jogo de luz, outro separa as bolas, as flores… e no final, estamos com purpurina até a cabeça, nem nosso cachorro escapa, que sempre estraga alguma peça todo ano…!”, diverte-se.
Para ele, sem dúvida dá um gás chegar em casa e ver tudo tão arrumado, já contando os dias para mais um ano que vem, com esperança de dias melhores. “Sem falar do prazer em receber a família para a noite do Natal. E a felicidade no sorriso da Maria Paula, minha filha, não tem valor que pague!”, baba o arquiteto.
No Comércio dá para garimpar muita coisa bacana
O cansaço do trabalho braçal e as alergias ficam em segundo plano, Caíque garante. “Termino o dia sempre à base de remédio, e inclusive vai uma dica: como o material fica guardado por um ano, normalmente separamos ele uns três dias antes de montar e deixamos aberto, pegando sol, para tirar um pouco do mofo e dar uma respirada”, orienta. Algum custo sempre haverá, mas ele confirma que tudo pode ser muito relativo. “Dá para garimpar muita coisa interessante pelo próprio Comércio, basta ter o olho treinado para fazer a compra certa”, reforça. Se em casa a brincadeira não tem hora para acabar, quando o assunto é decorar a casa de um cliente, Caíque já trabalha com um cronograma mais organizado, de no máximo três horas.
O tradicional ainda prevalece
Assim como na casa dele, nos locais onde ele é chamado para decorar, o tradicional quase sempre prevalece, em especial o vermelho com o dourado. “O pedido mais comum sempre é o da árvore linda, independente de material ou temática. O exagero é super valido nesse caso, seja nos topos das árvores ou na produção carregada, vale tudo para ficar bonito”, esclarece.
Foi também uma decisão da pequena Maria Paula a transformação da árvore de Natal, que passou de algo antes um pouco mais sério para algo mais infantil. “Ela disse que não queria uma arvore de adulto!”, diverte-se Caíque. “Sou fascinado no Natal clássico, igual vemos nos filmes. Então sempre busco algo que se encaixe nessa vertente. Fui por esse rumo, porém com o Mickey pelo meio! Os itens, na grande maioria, são meus mesmo, aí dou uma complementada com alguns brinquedos da minha filha, que disponho de maneiras não tão óbvias, dando uma nova leitura à peça, o que gera personalidade e cria uma produção exclusiva”, finaliza.