Pará

Casos de Monkeypox aumentam no Pará. Confira os novos dados!

O Pará tem quase 50 casos de Monkeypox confirmados; Foto: Divulgação
O Pará tem quase 50 casos de Monkeypox confirmados; Foto: Divulgação

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informa que há 48 casos confirmados de Monkeypox no Pará, residentes do município de Belém (30), Ananindeua (09), Santarém (04), Marituba (02), Barcarena (01), Paragominas (01) e Marabá (01).  Também foi confirmado (01) um caso de residente de outro estado.  No boletim mais recente, o número de casos era de 44 pessoas infectadas.

Outros 82 casos foram descartados. Ainda, 09 casos suspeitos seguem em investigação, residentes de: Belém (06), São Miguel do Guamá (01), Santarém (01), Acará (01). O acompanhamento e monitoramento dos pacientes são feitos pelas secretarias de saúde municipais.

Esta é a primeira vez que muitos casos de monkeypox são relatados simultaneamente em muitos países. A mortalidade permanece baixa no surto atual. A transmissão de humano para humano ocorre por meio de contato físico próximo ou direto (face a face, pele a pele, boca a boca, boca a pele) com lesões infecciosas ou úlceras mucocutâneas, inclusive durante a atividade sexual, gotículas (e possivelmente aerossóis de curto alcance) ou contato com materiais contaminados (por exemplo, lençóis, roupas de cama, eletrônicos, roupas, brinquedos sexuais).

VACINA

O Brasil já recebeu o primeiro de lote de vacinas contra a varíola dos macacos, doença também conhecida como Monkeypox. A remessa, com 9,8 mil doses, desembarcou no Aeroporto de Guarulhos (SP) na última terça-feira (4). Ao todo, o Ministério da Saúde comprou cerca de 50 mil doses via fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Os próximos lotes estão previstos para serem entregues até o fim de 2022.

Os imunizantes serão utilizados para a realização de estudos, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). É importante ressaltar que as vacinas são seguras e atualmente são utilizadas contra a varíola humana ou varíola comum. Por isso, o estudo pretende gerar evidências sobre efetividade, imunogenicidade e segurança da vacina contra a varíola dos macacos e, assim, orientar a decisão dos gestores.

A pesquisa será financiada pelo Ministério da Saúde, coordenada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e apoiada pela OMS. O estudo foi discutido pela pasta, em conjunto com a OPAS, pesquisadores e especialistas da área.

O objetivo é avaliar a efetividade da vacina Jynneos/MVA-BN®️ contra a varíola dos macacos na população brasileira, ou seja, se a vacina reduz a incidência da doença e a progressão à doença grave. A população-alvo do estudo será formada por pessoas mais afetadas e com maior risco para a doença.

GRUPOS PRIORITÁRIOS

Inicialmente, os grupos incluídos são as pessoas em pós-exposição, ou seja, que tiveram contato prolongado com caso confirmado de varíola dos macacos e pessoas em pré exposição, que fazem uso de profilaxia pré-exposição (PrEP) ou em tratamento com antirretroviral para HIV. Serão divulgados em breve os centros de pesquisa que serão incluídos, considerando as cidades com elevados números de casos confirmados da doença e a infraestrutura disponível para a condução do estudo.

Profissionais de saúde não estão incluídos como grupo prioritário para a aplicação da vacina, já que os dados epidemiológicos desse grupo no Brasil e no mundo não demonstram maior exposição à doença. Esses profissionais realizam coleta e atendimento aos pacientes com equipamento de proteção individual. Caso haja algum contato prolongado e sem proteção com algum paciente, esse profissional poderá ser recrutado.