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Presidente de Papão planeja preparação psicológica e financeira em 2023 para que o time consiga o acesso

No dia em que o elenco do Paysandu se reapresentou para o início da preparação para a Copa Verde 2022, quem falou com a imprensa foi o presidente Maurício Ettinger. Entre explicações sobre a campanha no ano até aqui, comentários sobre contratações, chegada de um novo executivo, dois assuntos saltaram aos olhos. O primeiro foi a confirmação que, se reeleito em dezembro, deve renovar por mais um ano com o técnico Márcio Fernandes e tentará manter a base do elenco de 2022 para a próxima temporada. O outro foi admitir que, se outro clube com mais poder financeiro fizer proposta a José Aldo, dificilmente terá como segurar o meia. O Papão fará sua estreia na segunda fase da Copa Verde deste ano, contra o vencedor do confronto entre Humaitá-AC e Náutico-RR. Ettinger anunciou que os preços a serem cobrados serão os mesmos da Terceirona, R$ 40,00 a arquibancada. Abaixo, alguns dos principais pontos comentados pelo presidente do Paysandu.

 

EXPLICAÇÕES 1
“O objetivo principal que queríamos esse ano era o acesso. Fizemos uma primeira etapa boa, empatados em pontos no primeiro lugar, e pecamos mais uma vez na segunda fase. Acredito que muitas das falhas foram problemas psicológicos, isso eu enxergo hoje. Algumas contratações não conseguimos por questões financeiras. Isso tem que servir de aprendizado para o ano que vem, porque não aguentamos mais, o Paysandu não é um time de Série C”.

EXPLICAÇÕES 2
“Sabíamos que precisávamos de atacantes, mas o mercado não foi fácil. Sofremos muito pela falta de recursos necessários. Precisamos nos preparar desde o início do ano para contratações pontuais e para trabalhar na parte psicológica. Os anos anteriores de perda de acesso pesam. Temos que ter essa preparação e um pulmão financeiro”.

COPA VERDE
“Esse ano foi diferente de 2021. Ano passado tínhamos um jogador por posição para a Copa Verde e chegamos a pensar em desistir. Foi muito preocupante. Quando iniciamos a temporada atual deixamos um gatilho prevendo a competição. Quando acabou a Série C, passamos a negociar quem ficaria e quem sairia. Alguns que ficaram aceitaram uma redução salarial para que os compromissos fossem honrados”.

MÁRCIO FERNANDES
“As conversas com o Márcio estão adiantadas, mas tudo também depende da eleição. Se eu for o presidente ele é meu técnico. Tudo depende da eleição. Eu acho importante mantermos a base, pois esse time deu liga. Acredito que é de suma importância manter com uma linha que passa por esse time. Não vamos contratar para a Copa Verde. Vamos completar o elenco com jogadores da base. Se eu for reeleito ele é meu técnico e já conversamos sobre isso. Corrigindo os erros que foram apresentados”.

GENILSON
“Renovamos mais 30 dias com o Genilson. Existe a possibilidade de um acordo com alguns jogadores que prefiram disputar o Campeonato Paulista, para voltarem para o Brasileirão. Mas, por enquanto, não nos passaram nada”.

RICARDINHO
“O Ricardinho deve ter alta em outubro e vai treinar para ver se poderá jogar a Copa Verde e, aí, renovar para o torneio. Para saber se ele continuará, tudo dependerá da eleição”.

COMPOSIÇÃO DE CHAPAS
“Existe sim essa possibilidade. Estamos conversando com todos. Temos até novembro para o fim das inscrições. Tudo depende da linha de pensamento de cada um. No passado havia um combinado de que o próximo seria o Felipe (Fernandes), assim como ainda seria o próximo caso eu seja reeleito. Acho que dois anos foram pouco para fazer os projetos como saneamento financeiro, informatização, união da parte administrativa, entre outras coisas. Temos um projeto de mandato de três anos, que seria o ideal. Mas é apenas uma proposta. Vejo normal que apareçam várias opções. Isso faz parte da democracia do clube. Vamos tentar compor, pois eu e Felipe temos linhas de ações bem parecidas. Se não der, tudo bem”.

DÍVIDAS
“Foi a primeira vez no ano que atrasamos o direito de imagem, que foi pago agora. Nossa arrecadação com bilheteria foi muito boa, mas o passado nos dificulta por causa de alguns bloqueios como da BWA e da Seel, por exemplo. Tem um processo daquela época por causa do aluguel do Mangueirão, que era de R$ 273 mil e hoje, com correção, é de R$ 2 milhões. O clube perdeu os prazos e para nós foi uma surpresa estrondosa”.

EXECUTIVO DE FUTEBOL
“Temos que ter um executivo com muito conhecimento de mercado e temos que contratar o quanto antes. Já conversei com o (Sérgio) Solano sobre isso, tenho que conversar com o Felipe. Não podemos esperar até a eleição. Todos os clubes trabalham com um executivo, não tem como ser diferente. Aqui funcionou a presença do executivo junto a um coordenador de futebol como o Lecheva”.

ARI BARROS
“Sou amigo particular do Ari. Antes de contratar o Fred eu o convidei, mas não foi possível e ele permaneceu no Náutico-PE (o executivo foi demitido em agosto pelo Timbu). Não sei se vai ser ele. O Ari esteve acompanhando o jogo com o ABC em Natal. Pode ser ele, mas temos outros nomes em vista também”.