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De olho na Copa Verde, Papão foca na preparação física na volta aos treinos

Os dez dias entre o empate em 1 a 1 com o Vitória-BA, no adeus à Série C deste ano, até o retorno dos treinos logo mais, o elenco do Paysandu teve um tempo necessário de descanso sem que houvesse grande prejuízo ao condicionamento físico. É o que garante o preparador físico bicolor Jayme Ferreira. Há tempo hábil para deixar o time numa boa condição até o fim do mês, quando inicia a caminhada na Copa Verde. “Faremos um polimento em algumas variáveis que achamos que cada atleta deve se apresentar melhor”, disse Ferreira. Fisicamente, o Paysandu manteve-se em um bom nível durante toda a disputa. Com a queda de rendimento no quadrangular, o que se viu foi um time que se desgastava mais por ter que correr atrás dos resultados. Ainda assim, Ferreira garante que o acompanhamento feito junto aos atletas sempre mostrou que eles estavam em boas condições. Ele falou com exclusividade ao Bola sobre o momento físico do grupo e do trabalho a ser feito neste fim de temporada.
A preparação desde o início do ano, inclusive a física, foi feita para chegar a um ápice físico na reta final da Série C? Como está, em modos gerais, a média física do elenco?
JF – Quando a gente faz a preparação, a gente sempre imagina que o ápice vai ser no final das competições, né? Mas, no futebol, é um pouco diferente. Trabalhamos para estar no ápice técnico, tático, físico e mental em todos os jogos. Não tem o ápice no final do ano, como no atletismo ou outra competição olímpica. Nosso trabalho foi buscando isso e, em modo geral, a média física do grupo é muito boa. Tivemos alguns percalços, como o Ricardinho, o que atrapalhou os planos do Márcio, mas são situações que fogem do nosso controle.
No quadrangular o time não conseguiu se acertar e teve sempre que correr a mais em busca do acerto e das vitórias. Houve um desgaste físico a mais na fase?
JF – Uma fase como o quadrangular sempre desgasta mais, além do aspecto tático, físico e técnico, tem um aspecto mental. Eu acredito que, por nossa equipe ser muito jovem, sentimos um pouco. Na questão física, conseguimos manter a média de intensidade, os números do GPS provaram isso. A diferença da primeira fase foi que falhamos nos detalhes.
O descanso adequado faz parte da preparação física. O quanto esses dez dias de folga trará de benefícios para o elenco?
JF – O descanso é importante, esses dez dias vão servir para conseguirmos dar uma relaxada nos atletas, principalmente na parte física e mental. Foi um campeonato desgastante, por toda expectativa que foi criada nesse quadrangular final.
Em uma competição no fim de ano, o trabalho físico tem que ser também visando a possibilidade de uma pré-temporada iniciar já em janeiro?
JF – Com essa competição no final do ano, o trabalho físico, na verdade, acaba sendo um polimento para os atletas que permaneceram. Faremos um polimento em algumas variáveis que achamos que cada atleta deve se apresentar melhor. Caso chegue algum atleta novo, temos que fazer uma avaliação. Nós não podemos pensar em uma pré-temporada agora, pois o elenco pode mudar. Então o polimento na parte física acaba sendo a melhor opção.