Eleitores estão encontrando filas de uma hora de espera para votação em diversas capitais neste domingo (2), com espera se estendendo na calçada de colégios. Em Belo Horizonte locais de votação registraram longas filas desde as primeiras horas de votação. No Colégio Arnaldo, no bairro Anchieta, zona sul, as filas eram tão grandes que atrapalhavam os eleitores de localizar a seção em que iriam votar.
A todo momento as pessoas que aguardavam para votar perguntavam para mesários se havia problemas com as urnas. A resposta era que não tinha ocorrido problemas com os equipamentos. Em outro local de votação da capital, o Colégio Sagrado de Maria, a fila no início da manhã, ultrapassavam o portão da escola e ocupavam a calçada.
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No Rio, em uma agência do Bradesco na rua Constante Ramos, as filas também passavam de uma hora de espera e houve um princípio de confusão quando eleitores acusaram uma jovem de furar a fila.
Mesários disseram que a demora refletia o tempo necessário para conferir a biometria dos eleitores, mas alguns dos presentes disseram que o movimento estava acima do que lembravam em outras eleições.
Em Salvador, houve registro de filas com mais de uma hora de espera em seções eleitorais nos bairros de Brotas, Itaigara, Garcia e Canela. Em Brotas, onde ficam algumas das maiores seções eleitorais da capital, foram registrados engarrafamentos nas principais ruas do bairro.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, “a Bahia conta com número recorde de eleitores aptos a votar nesta eleição, cenário que resulta em maior concentração de pessoas nos locais de votação.” Ao todo 22 substituições de urnas foram realizadas em seções eleitorais do estado.
Em Fortaleza, também há registro de filas em várias seções eleitorais neste domingo (2). Na sede da Secretaria de Saúde do Ceará, na Praia de Iracema, eleitores demoravam até uma hora e meia para conseguir votar.
Na escola Maria Fernanda Stella Santiago, no bairro Castelão, já havia fila às 7h30, meia hora antes da abertura dos portões. Os eleitores prioritários, como idosos e gestantes, acessaram primeiro o local após às 8h.
Em Porto Alegre, há diversos registros de filas superiores a uma hora, sobretudo nas seções mais antigas e numerosas em eleitores. A Escola Estadual De Ensino Médio Baltazar De Oliveira, no bairro Jardim Leopodina, onde votam 9.615 eleitores, é uma das mais problemáticas, com filas superiores a três horas.
Conforme o TRE-RS, o problema decorre, sobretudo, da dificuldade do sistema biométrico com as digitais de idosos. Em obediência à lei eleitoral, é preciso quatro tentativas com o eleitor antes de autorizar o voto registrado por assinatura.
O TRE-RS também alerta que pode haver dificuldade na biometria de trabalhadores rurais ou que lidam com químicos, como produtos de limpeza.
Em Campo Grande, o panorama geral é de tranquilidade nas zonas eleitorais, com filas curtas e rápidas. Contudo, há relatos na periferia da cidade de eleitores aguardando até uma hora e meia para votar.
“Fui votar pouco antes do almoço e a fila estava quilométrica. Todos ali ficaram aguardando sob forte calor e em pé. É estressante e desestimula a gente a voltar na próxima eleição”, comenta Fernanda Sanches Franco, 37. Ela vota no bairro Estrela do Sul.
OCORRÊNCIAS
Quanto às ocorrências registradas até aqui, ocorreram apenas seis em Mato Grosso do Sul, cinco delas na Capital. Uma mulher foi presa ao tirar foto da urna, um rapaz de 22 anos é procurado por ter passado cola nas teclas da urna (caso tratado como destruição de urna) e uma urna foi roubada junto ao carro de um mesário, no sábado. Tudo ocorreu em Campo Grande.