A chegada do outono derrubou de maneira brusca as temperaturas nos Estados Unidos, mas não desanimou os brasileiros que fizeram filas sob chuva e frio em alguns dos maiores colégios eleitorais no exterior para votar para presidente neste domingo (2).
Ao todo, 183 mil brasileiros estão registrados nos EUA, mas a abstenção costuma ser alta porque muitos eleitores precisam viajar para votar, já que não há urnas em todas as cidades.
LEIA TAMBÉM:
Lula e Bolsonaro votam nas primeiras horas de eleição
14 capitais têm transporte gratuito no domingo eleitoral
Foi o caso da estudante Stella Polachini, 18, que vive em Amherst (Massachusetts), e seu local de votação é em Framingham, cidade com alta concentração de brasileiros a 2 horas de distância, na região metropolitana de Boston.
“Resolvi viajar porque é importante votar para presidente, estou contribuindo para o país. Queria poder votar para senador e governador também”, afirma ela, que ficou cerca de 40 minutos na fila sob 12 °C. O clima foi tranquilo, relata, apesar de eventuais bate-bocas.
Boston é o segundo maior colégio eleitoral brasileiro no país, com 37 mil eleitores registrados, e o terceiro maior do mundo no exterior. Fica atrás de Miami, com 40 mil eleitores registrados.
Na capital americana, Washington, com 14 mil eleitores registrados, a fila demorava cerca de 30 minutos sob chuva fina e 14 °C no fim da manhã para acessar o hotel onde foram dispostas as urnas eletrônicas.
Já em Nova York, que concentra eleitores dos estados de Nova York, Nova Jersey e Pensilvânia, os eleitores demoravam quase uma hora para conseguir votar.
A votação no exterior segue o horário local, das 8h às 17h. Por isso, as urnas de São Francisco (11,7 mil eleitores) e Los Angeles (11,2 mil) devem ser as últimas do mundo a serem computadas: quando forem 17h no horário local, serão 21h em Brasília.