O Projeto Artes Negras em Movimento tem a missão de promover cultura, dança e toda forma de arte por meio do compartilhamento de experiências e conhecimento. Por isso, realiza nesta quinta-feira (29), a partir das 17h, a 2° Edição da Caravana Cultural com aulas teórico-práticas, na Praça do Povo, que fica no Centro Cultural Tancredo Neves (Centur), situado na Av. Gentil Bitencourt, no bairro de Nazaré, em Belém. A ação tem classificação livre e será totalmente gratuita.
A primeira edição do projeto ocorreu ainda em 2021 de forma on-line por conta do cenário de pandemia. No entanto, este ano, as oficinas serão realizadas presencialmente e terão duração de 01h. As aulas serão divididas em quatro modalidades diferentes e ministradas por artistas do nosso Estado.
O público irá participar de aulas como danças afro-brasileiras com a professora Taynara Garcia, capoeira com a professora Carla Baía, percussão popular paraense com o professor Joelson Lopes e percussão afro-brasileira com a professora Katarina Chaves.
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A iniciativa busca em seu principal propósito, enaltecer o protagonismo afrodiaspórico e afroamazônico por meio do resgate da história desses povos, mostrando suas matrizes, diversidades, riquezas, simbologias e metodologias através da identidade cultural. O evento terá duração de 4 horas com muito conhecimento e prática.
A professora e idealizadora do projeto, Taynara Garcia, ressalta que a ideia foi baseada no potencial cultural que a capital paraense representa. “Belém é uma capital não só banhada por águas doces, mas por muito protagonismo indígena e africano que estão presentes na indumentária, gastronomia, linguística, crença, aromas e na manifestação artística não seria diferente. Então, pensando nisso e, principalmente, na necessidade de se fazer um evento afrodiaspórico aberto e totalmente gratuito, com múltiplas linguagens artísticas que o Artes Negras em Movimento foi projetado, hoje foi possível sair do papel pela segunda vez”, afirma.
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Segundo ela, o projeto não irá parar por aí, pois a missão é promover ações em locais públicos da cidade. “Vale ressaltar que o objetivo é que o projeto se torne itinerante e os nossos próximos pontos serão as praças de Belém, promovendo o evento de forma descentralizada, ou seja, nos lugares que infelizmente pouco se tem acesso a eventos artísticos e que curiosamente (ou não), é onde mais encontramos artistas geniais”, enfatiza.
O projeto, que também foi viabilizado pelo Edital Pauta Livre, é um apoio a Produção Artística 2022, tendo em vista a valorização e o fomento à cultura. “Nossa missão é mostrar o quanto é importante manifestar e valorizar nossa identidade cultural, que vem desde os povos Mairis, que são os primeiros habitantes da Amazônia e se intensificaram com os povos de vários países do continente africano, tornando-se influências presentes não só no Pará mais em vários pontos do Brasil. O que vem de fora tem sua importância, mas o de dentro carrega algo muito especial: o DNA. Então, desejo que todos possam entender que mais do que nunca, se faz necessário praticar e estudar o que nós somos, para que não se perca com o tempo e caia no esquecimento”, declara a idealizadora.
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Para Taynara Garcia, o Artes Negras em Movimento, é importante para resgatar as raízes afroamazônicas. “Além de mostrar o nosso trabalho enquanto artistas independentes a partir de um edital da Fundação Cultural do Estado do Pará, essa iniciativa é importante para compartilhar nossas particularidades de ensino e estudo, porque assim como a medicina, os toques na percussão, a capoeira e a dança são linguagens que possuem um estudo teórico e específico. A partir desse trabalho que requer muito tempo e esforço conseguimos nossos objetivos com técnica, precisão e qualidade necessária, sabendo o porquê e para quê serve a existência daquela manifestação”, explicou.
Serviço:
Artes Negras em Movimento – 2° Edição
Data: 29/09
Horário: 17h
Local: Centro Cultural Tancredo Neves (Centur) – Av. Gentil Bitencourt, bairro de Nazaré
