Das sedes no interior e periferia para o mundo! As aparelhagens de som – que animam as festas, ecoam a cultura e os ritmos que agitam não somente os paraenses, como já também os brasileiros – são oficialmente patrimônio cultural de natureza imaterial do Estado do Pará.
O governador Helder Barbalho (MDB) sancionou a lei aprovada pela Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), no último dia 6 de setembro, que tombou estes aparelhos sonoros como patrimônio cultural. O texto da Lei Estadual nº 9.713 foi publicado na edição de ontem (22), do Diário Oficial do Estado.
No meio artístico regional, a sanção da lei foi comemorada com louvor, principalmente por produtores culturais e Djs de aparelhagens. “A partir de agora fica mais fácil buscar recursos e investimentos para o setor”, destacou o Dj Dinho, da aparelhagem Tupinambá.
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Ele toca há 42 anos e, junto com a Tupinambá, já se apresentou em diversos estados brasileiros, principalmente no Amapá, Amazonas e Maranhão. “A gente percorre não apenas todas as regiões do Pará como o Brasil e o exterior, levando a nossa cultura do brega paraense. Nas aparelhagens, a gente toca todos os ritmos, mas temos no brega a nossa matéria-prima”, exaltou ao comentar que esta manifestação cultural ganhou diversos públicos.
“O governador Helder sempre prestigiou a cultura e suas diversas formas”, finaliza Dinho.
É oficial! Brega agora é patrimônio cultural do Pará
As aparelhagens são manifestações da cultura paraense há pelo menos sete décadas. Ao longo do tempo, as estruturas sonoras foram sendo aperfeiçoadas e ganhando novos elementos que permitem um espetáculo de cores, luzes e pirotecnia – ou seja, vai muito além da amplificação do som.
O DJ Silvinho, que se consagrou nos Bailes da Saudade, está atento a modernização das aparelhagens, mas busca manter alguns elementos do passado. A aparelhagem em que toca ainda utiliza os discos de vinil para embalar o público que frequenta as festas, garantindo, neste aspecto, uma pegada “retrô” em meio a modernidade tecnológica das estruturas.
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“Esse título de patrimônio cultural vai valorizar o nosso esforço em manter viva essa chama de levar alegria e diversão, com um trabalho artístico que demorou a ser reconhecido”, disse Silvinho. “Nossa classe merece esse reconhecimento, haja vista que para a uma parcela da sociedade ainda existe preconceito em relação ao movimento da aparelhagem”, ressalta.
Hoje, grandes bandas locais que fazem sucesso mundo a fora tiveram as festas de aparelhagem como vitrines para as suas músicas.