A prisão de Willian de Almeida Morais suspeito de estupro de vulnerável contra uma criança de três anos na periferia do município de Vitória do Xingu, na região sudoeste do Pará, gerou uma revolta popular que deu trabalho para as polícias civil e militar que atuam na cidade.
O registro dá conta que a Polícia Civil de Vitória do Xingu subordinada à Superintendência Regional do Xingu foi informada pela equipe de plantão do hospital municipal que uma criança deu entrada na emergência em estado grave e desacordada.
A informação inicial era de que ela havia sido encontrada dentro de um balde com água, onde supostamente teria se afogado. Foram realizadas manobras de reanimação e a criança retornou com os batimentos, tendo sido entubada e posteriormente encaminhada ao hospital Regional de Altamira. No fim da tarde desta segunda-feira, 20, ela não resistiu.
Ainda de acordo com o registro , a equipe médica percebeu que haviam sinais indicativos de laceração na região anal da criança, o que despertou a hipótese de a criança não ter sido vítima de afogamento.
Em diligências, foi ventilado o nome do vizinho da criança que logo em seguida foi preso na rua Isolux, bairro Paulistinha, e apresentado pela Polícia Militar na delegacia de Polícia Civil de Vitória do Xingu na noite deste domingo (18).
Pelas informações, o suspeito identificado como Willian de Almeida Morais, aparentemente não gozava das faculdades mentais, sendo inclusive “aposentado” por este motivo.
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Com as informações do hospital, o suspeito foi interrogado e confessou o crime e dizendo que introduziu o dedo no ânus da criança ao tempo que mantinha a cabeça dela dentro da água para evitar alarde por parte da criança, mas que não tinha intenção de matá-la e que foi a primeira vez que o fez.
Durante os procedimentos na delegacia de Vitória do Xingu, muitos populares se aglomeraram em frente a delegacia pedindo justiça e ameaçando invadir o prédio para matar o suspeito.
De imediato e visando resguardar a integridade física da equipe e do preso a equipe de Vitória do Xingu solicitou apoio da Polícia Militar sendo que os ânimos seguiam exaltados e foi necessário um reforço da Polícia Militar de Altamira que veio acompanhada do Grupo Tático Operacional, com instrumentos de menor potencial ofensivo e Elastômero.
Apenas após a investida do grupo tático, a população foi dissipada da frente da delegacia e foi possível fazer o embarque do preso em uma viatura da PM que entregou o preso em segurança na Seccional de Altamira.
Foi registrado que durante a manifestação, a energia da delegacia foi desligada pela população, dois pneus da viatura foram furados além de terem tocado fogo em um terreno baldio imediatamente vizinho ao prédio, fogo este controlado por uma equipe dos bombeiros de Altamira.
Um dos momentos mais críticos foi o embarque do preso na viatura quando foram arremessadas pedras em direção a equipe no momento do embarque do preso, mas apesar de toda situação tensa, as equipes envolvidas na situação mantiveram a integridade física preservada.
