Leão goleia e volta ao G8
Foram dois tempos em grande estilo. Com determinação e muita agressividade, o Remo brindou seu torcedor no sábado à noite, no Mangueirão, impondo uma goleada de 3 a 0 sobre o Londrina. Um jogo que se previa difícil se tornou favorável ao time de Rodrigo Santana em função do encaixe de sua atuação. A vitória recolocou o Leão no G8.
Desde os primeiros movimentos, o Remo demonstrava disposição de vencer. E na pressão em busca do gol, tornou-se predominante em campo. Alugou praticamente o campo de defesa adversário, utilizou várias maneiras de fugir ao forte bloqueio e foi certeiro na definição do placar.
É bem verdade que o resultado da primeira etapa não fez justiça à quantidade de chances criadas pelo Remo. Foram oito momentos claros de gol, incluindo o lance de Jaderson, mal anulado pela arbitragem aos 33 minutos, quando claramente o meia-atacante estava em posição legal.
Pedro Vítor, Ytalo, Raimar, Ligger e Bruno Silva podiam ter marcado, em jogadas insistentes, que intimidaram o Londrina. O sufoco foi tão grande que se o jogo terminasse 0 a 0 na etapa inicial seria uma injustiça tremenda, mas o gol finalmente saiu aos 48’. Rafael Castro passou do meio-campo e lançou para Ytalo, que girou para trás e desviou certeiramente no canto.
Um golaço desde a construção até a execução do lance. Ytalo, muitas vezes criticado por não ter mobilidade, respondeu de maneira exemplar ao mostrar o domínio da função. Centroavantes precisam ter a capacidade de aproveitar todas as bolas lançadas na área. O camisa 19 mostrou-se atento e ágil para entender e se beneficiar do lançamento de Rafael.
Depois do 1º tempo avassalador, o Remo voltou disposto a manter o ritmo. Quase fez um gol logo aos 4 minutos em jogada de Raimar. Depois disso, por alguns minutos, o Londrina conseguiu avançar além do meio-campo e criar jogadas de infiltração pelos lados, principalmente com Maurício.
A partir dos 15’, a ofensividade azulina voltou a se manifestar. Com Ribamar, Rodrigo Alves e Kelvin em campo, a força de pressão se renovou e as jogadas agudas se repetiam, acuando novamente o Londrina.
Foi assim que nasceu o segundo gol. Raimar foi à linha de fundo e cruzou na área. Caiu nos pés de Diogo Batista, que fintou um marcador e bateu com perfeição no canto direito, ampliando para 2 a 0.
O terceiro gol, marcado por Rodrigo Alves em cobrança magistral de falta sofrida por Kelvin, fechou o placar e premiou a melhor atuação do Remo no campeonato. Foi a primeira vez que o time jogou bem nos dois tempos, sem baixar suas linhas.
Foi também a melhor participação de Rodrigo Santana, desde a escalação até as substituições. Enfim, tudo nos conformes.
São José atrapalha Figueira e ajuda o Leão
O empate de 1 a 1 entre Figueirense e São José, ontem à tarde, em Florianópolis, teve um vencedor: o Remo, que ficou em definitivo na oitava posição e agora depende exclusivamente de suas forças para se classificar. É fato que, nos últimos anos, quando o Leão só depende dele, o torcedor fica apreensivo porque o time quase sempre vacila nesses momentos.
Não parece ser o caso desta vez. O crescimento técnico do time contra Confiança (mesmo com a derrota) e Londrina fazem crer numa evolução que veio para ficar. O ponto mais expressivo é a definição da formação ideal, a partir do esquema 3-4-3.
Com o encaixe do meio-campo, com Bruno Silva, Pavani e Jaderson, o funcionamento ofensivo saiu fortalecido. Os erros de passe diminuíram bastante e a bola está chegando à zona de perigo na área adversária. É o caminho para superar os obstáculos que a competição oferece.
No sábado, o Remo faz o jogo da busca de classificação contra o São José, com três possibilidades de alcançar o objetivo. Vencendo, obviamente, está dentro. Caso empate, ainda pode entrar, desde que Náutico, Figueirense e Tombense não vençam. E até se perder pode classificar, caso o Londrina ganhe e Figueirense e Tombense não vençam.
Definitivamente, o Leão está no jogo.
Papão arranca empate interessante em Ribeirão
O PSC conquistou um ponto, ontem, em Ribeirão Preto, contra o Botafogo, resultado interessante nas circunstâncias adversas da partida. A equipe paraense saiu na frente, com Borasi, logo aos 15 minutos, a partir de um passe perfeito de Cazares.
Os primeiros 30 minutos foram de controle do PSC na partida, com boas jogadas e forte presença ofensiva. O meio-campo funcionava bem, com João Vieira e Cazares se movimentando bem no processo de aproximação com o ataque.
Na reta final da primeira etapa, o Botafogo passou a erguer bolas na área e a criar perigo. Até que Victor Andrade avançou pela esquerda e cruzou para o cabeceio de Alexandre Jesus, nos acréscimos. O empate reanimou o Botafogo.
No 2º tempo, o árbitro assinalou uma penalidade, mas na revisão do VAR a marcação foi anulada. Em seguida, o Papão teve uma excelente chance de fazer o segundo gol, novamente com Borasi, mas o chute passou longe.
Com mais presença ofensiva, o Botafogo acabou forçando a expulsão do zagueiro Wanderson, que agarrou Victor Andrade à entrada da área. Com um a menos, o PSC se fechou e garantiu o empate nos minutos finais, com grande defesa de Diogo Silva em cabeceio de Alexandre Jesus.
O resultado garantiu a recuperação do 14º lugar, embora tenha sido o quinto jogo sem vitória na competição. A próxima partida será na quinta-feira, em Florianópolis, contra o Avaí.
As dificuldades aumentam porque o time não terá João Vieira (suspenso), Wanderson (expulso), Lucas Maia, Paulinho Boia e Nicolas, lesionados. Além disso, não terá Hélio dos Anjos, que tomou o terceiro cartão amarelo.