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Com Rodrigo Faro, 'Silvio' resgata momentos importantes do rei da TV

. "Silvio", com direção de Marcelo Antunez e com Rodrigo Faro na pele do apresentador, usa o sequestro sofrido pelo dono do SBT e sua filha, em 2001
. "Silvio", com direção de Marcelo Antunez e com Rodrigo Faro na pele do apresentador, usa o sequestro sofrido pelo dono do SBT e sua filha, em 2001

RIO (AG) – Ao lado de Patrícia Abravanel, Silvio Santos viveu uma experiência traumática que será tema de filme. “Silvio”, com direção de Marcelo Antunez e com Rodrigo Faro na pele do apresentador, usa o sequestro sofrido pelo dono do SBT e sua filha, em 2001, como fio condutor para uma cinebiografia que promete resgatar importantes momentos da vida do ícone televisivo.

Com roteiro de Anderson Almeida, “Silvio” chega aos cinemas brasileiros no dia 12 de setembro. Johnnas Oliva, Vinícius Ricci, Fellipe Castro, Marjorie Gerardi, Eduardo Reyes, Bruna Aiiso, Duda Mamberti, Lara Córdula, Adriana Londoño, Polliana Aleixo e Paulo Gorgulho completam o elenco principal da produção.

O drama começou no dia 21 de agosto de 2001, quando seis homens invadiram a mansão do empresário, no Morumbi, em São Paulo, e sequestraram Patrícia, uma de suas seis filhas. Depois de sete dias, a então estudante enfim foi libertada.

Mas o drama não tinha acabado. Dois sequestradores tinham sido presos horas depois, mas a polícia ainda procurava outros dois. No dia 29 de agosto, um deles, Fernando Dutra, foi descoberto num flat, matou dois policiais e fugiu. Ferido, se escondeu em um terreno baldio perto da mansão de Silvio. Por volta das 7h da manhã do dia 30, ele voltou ao local do crime e conseguiu desta vez render o apresentador, que estava fazendo ginástica. A mulher e quatro filhas ficaram em pânico, mas, assim que a polícia chegou, elas aproveitaram uma distração do bandido e fugiram para a casa de um vizinho. Silvio ficou sozinho com o criminoso durante mais de sete horas. Enquanto manteve o apresentador, com a casa cercada por atiradores de elite da polícia, Dutra fez várias exigências. Mais tarde, avisou que só se renderia diante de Geraldo Alckmin. O então governador chegou ao local pouco antes das 14h, e o bandido aceitou se entregar. Antes, tomou um banho e ganhou roupas limpas do fundador do SBT.

Livros, série, musical: uma inspiração para muitas produções

Silvio Santos foi inspiração para uma vasta produção cultural brasileira, de livros a musicais de teatro, passando por série de TV e até enredo de escola de samba.

Samba

“Qual é o prêmio, Lombardi, diz aí!/ Qual é a música, quem sabe, canta aí!/Quem quer dinheiro? O aviãozinho vai subir!”, dizia o samba da escola Tradição em 2001, cujo enredo “Hoje é domingo, é alegria, vamos sorrir e cantar!” homenageava Silvio. Não só o patrão apareceu na Marquês de Sapucaí, no Rio, no abre-alas da escola para ser ovacionado pelo público, como boa parte das estrelas do SBT também riscou a Avenida. A escola, apesar de empolgar o público, ficou na oitava colocação no ranking.

Livros

Silvio é tema recorrente no meio editorial. Dentre os livros está “Topa tudo por dinheiro: as muitas faces do empresário Silvio Santos”, do jornalista e crítico de TV Mauricio Stycer, publicada em 2018. O apresentador é tema de outras biografias, como “Silvio Santos – A trajetória do mito” (Fernando Morgado); “Silvio Santos – A biografia” (Anna Medeiros e Marcia Batista); “A fantástica história de Silvio Santos” (Arlindo Silva) e “Silvio Santos – Vida, luta e glória” (Rubens Francisco Lucchetti). Na coletânea “85 vezes Silvio Santos”, alguns dos maiores caricaturistas e desenhistas do Brasil mostram o homenageado em seus traços e humor. Em quadrinhos, saiu “Silvio Santos: vida, luta e glória”.

Série

No Star+, “O rei da TV” conta a saga de Silvio, interpretado por vários atores em diferentes fases da vida. As filhas Renata, Daniela e Silvia, no entanto, não aprovaram e reclamaram publicamente da produção.

Musical

A comédia musical “Silvio Santos vem aí” teve Velson D’Souza no papel do patrão. A peça faz um recorte da infância dele, vivida na Lapa, no Rio, até os anos 1990, quando o SBT se torna vice-líder de audiência na TV brasileira. Gugu, Hebe, Elke Maravilha e Bozo são algumas figuras emblemáticas da época representadas no musical, dirigido por Fernanda Chamma.