É de calamidade a situação da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) João Rafael, localizada no bairro de Águas Lindas, na localidade da Pedreirinha. De acordo com denúncias do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) de Ananindeua, cinco salas de aula da unidade estão apresentando rachaduras e, por esse motivo, as aulas foram suspensas desde o último dia 5 e até que o Corpo de Bombeiros emita um laudo para garantir que as atividades sejam retomadas com segurança.
Imagens disponibilizadas nas redes sociais do Sintepp durante uma vistoria realizada na última sexta-feira (9) por dirigentes sindicais, mostram que as salas apresentam rachaduras de cima a baixo, na vertical e na horizontal, do lado de dentro e do lado de fora das salas, afetando inclusive a estrutura do telhado. Um muro da escola também apresenta rachaduras evidentes e que aumentam a cada dia, apresentando risco de desabamento. A única providência da Secretaria Municipal de Educação de Ananindeua (Semed), até o momento, foi cimentar algumas das rachaduras sem qualquer laudo prévio.
Os sindicalistas também visitaram a área de um terreno que supostamente teria sido comprado pelo prefeito Daniel Santos para construir uma nova escola em substituição a atual. A única informação disponível é que a prefeitura de Ananindeua teria licitado no local uma obra para construção da Unidade Básica de Saúde (UBS) da Pedreirinha, mas não há nenhuma informação sobre a obra da nova escola.
Segundo Jair Pena, do Sintepp Ananindeua, que participou da vistoria, a luta da comunidade junto ao Conselho Escolar por um novo espaço ou uma reforma e ampliação da escola é antiga. “As péssimas condições das instalações da escola já vêm sendo há tempo denunciada e nada foi feito. Agora a escola está cheia de rachaduras, trazendo riscos sérios a integridade física de alunos e servidores e a Semed não indica se a escola será remanejada para outro espaço ou se as atividades serão realizadas de forma remota”, denuncia.
REUNIÃO
Até agora, segundo ele, não há um posicionamento concreto da Semed sobre de que forma as aulas serão retomadas. A escola abriga 240 alunos nos turnos da manhã e tarde. “Mesmo com um terreno em uma localidade próxima já desapropriado para a construção de uma nova escola, agentes políticos da região disputam por seus interesses particulares e dificultam a resolução do problema. Enquanto isso, alunos, professores e demais servidores ficam à mercê da incerteza”, critica.
Pais de alunos, representantes de professores e do Sintepp vão à sede da Semed hoje (13) buscar reunir com o secretário ou seu representante. “Vamos exigir um laudo do Corpo de Bombeiros para avaliar a real situação do prédio da escola e se oferece o mínimo de segurança para os professores, alunos e servidores”, diz Jair.