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Jogadora russa de xadrez é acusada de envenenar peças de rival com mercúrio

Jogadora russa de xadrez é acusada de envenenar peças de rival com mercúrio

Uma jogadora de xadrez russa está sendo acusada de tentar envenenar sua adversária colocando um material tóxico em suas peças.
Gravação é do dia 2 de agosto. Vídeo que circula na internet mostra Amina Abakarova, 40, mexendo no tabuleiro de peças onde ela enfrentaria sua rival, Uamyganat Osmanova, 30, no Campeonato de Xadrez do Daguestão.
Ela teria perguntado sobre sistema de câmeras. Abakarova é vista mexendo nas peças onde ficaria sua adversária 20 minutos antes da partida. Ela teria perguntado se o sistema de câmeras estava funcionando, porém teriam dito que não. Ela, então, é vista depositando algo nas peças da sua adversária. Acredita-se que foi mercúrio de um termômetro quebrado.
Substância pode causar danos ao sistema nervoso. Contato com mercúrio, como a inalação, pode causar sérios danos aos sistemas nervoso, digestivo e imunológico e rins, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Os sais inorgânicos do mercúrio são corrosivos para pele e olhos.
Osmanova começou a sentir náusea e tontura. Ela foi levada a um médico, que constatou que a provável causa do mal-estar era envenenamento. Em entrevista ao site russo rtv1.com, Osmanova comentou que outras duas pessoas passaram mal.
Abakarova foi presa. Ela assumiu que “queria tirar sua oponente do torneio” e que tinha uma “hostilidade pessoal” contra Osmanova, que a havia derrotado em outro torneio recente. Pelo envenenamento, a jogadora de xadrez pode pegar até três anos de prisão.
Federação considera banir jogadora para sempre. A Federação Russa de Xadrez (RCF, na sigla em inglês) diz que está considerando banir Amina Abakarova para sempre da modalidade. “Estamos esperando uma investigação. Se for comprovada a culpa, nossa reação será proibir para sempre que essa pessoa participe de torneios”, disse Alexander Tkachhyov, presidente da federação, em entrevista à agência russa Tass.

 

*SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)