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Análise: Leão joga para entrar no G8; Paysandu tenta afastar crise

Foto: Samara Miranda/Ascom Remo
Foto: Samara Miranda/Ascom Remo

Leão joga para entrar no G8

A chegada ao G8 vem sendo adiada pelo Remo há várias rodadas. Sempre que o time se aproxima um detalhe acaba frustrando a expectativa. Desta vez, com resultados favoráveis na rodada, a chance é das melhores: contra a Aparecidense, às 20h, no estádio Jornalista Edgar Proença (Mangueirão), uma vitória põe o Leão na oitava colocação.

Para atingir esse objetivo, o time precisa ser agressivo e consistente. Na última vitória em casa, o Remo atuou bem no primeiro tempo, chegou a abrir o placar e ficou com um jogador a mais. Na etapa final, porém, permitiu o empate e quase complicou a vitória.

É o cenário que precisa ser evitado a todo custo hoje, quando deve se repetir aquela situação de ataque contra defesa, muito comum em jogos da Série C. O problema é que o Remo falha muito nas finalizações.

O Remo cria, em média, quatro boas chances por jogo, mas até hoje só conseguiu uma goleada (4 a 2 sobre o Caxias). As outras vitórias foram sempre por placar apertado, o que atesta os erros de pontaria.

O técnico Rodrigo Santana projeta seis alterações, a começar pela adoção do sistema 4-4-3, com a linha de quatro zagueiros – Diogo Batista, Ligger, João Afonso e Sávio. A medida visa abrir espaço para que o volante Bruno Silva entre no time. Saudado como o líder que o time não tinha, Bruno terá Pavani e Jaderson como parceiros de meio-campo.

Para a linha ofensiva, novas mudanças: Kelvin, Ribamar e Marco Antônio. Se há o lado positivo da barração de Cachoeira e Ytalo, fica a dúvida quanto à velocidade que o jogo vai exigir. Para quem precisará propor o jogo, é obrigatório que Jaderson atue mais adiantado.

A campanha na Série C tem mostrado que Rodrigo Santana é chegado a mudanças constantes, nem sempre bem sucedidas. Desta vez, a entrada do estreante Sávio é o movimento mais esquisito e temerário, pois o time sempre funcionou bem quando Raimar faz parte do esforço ofensivo.

O fato é que, numa rodada em que os adversários diretos não livraram grande vantagem, o Remo tem excelente chance de avançar. Para isso, precisa fazer sua parte, para corresponder à ajuda externa.

 

Papão tenta quebrar sequência ruim

Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu

Sem Nicolas, o PSC encara esta noite o Vila Nova, em Goiânia, buscando se afastar da zona de rebaixamento da Série B. Com 23 pontos, está na 15ª posição, mas o equilíbrio da disputa mantém o time paraense a 6 pontos do G4. De qualquer forma, o jogo com o Vila chega em um momento particularmente agitado na Curuzu.

Para afastar a turbulência, nada melhor que uma vitória. Apesar da ausência de seu principal atacante, o PSC tem um time arrumado, que sofre com uma campanha apenas mediana em termos de pontuação.

O retrospecto recente mostra um PSC sempre predominante nos confrontos com o Vila Nova. A última Copa Verde é o exemplo mais emblemático. No placar agregado dos jogos finais, uma goleada histórica do Papão: 10 a 0.

A lembrança desse resultado desastroso é um dos ingredientes da partida de hoje. Apesar da boa campanha na Série B, a torcida não esquece a humilhação e quer uma revanche. Óbvio que ninguém espera que o Vila devolva placar tão dilatado, mas exige-se uma vitória.

Esse tipo de cobrança quase sempre representa um fardo emocional para o mandante. Caso não consiga chegar logo ao gol, o Vila vai enfrentar a irritação de seus próprios torcedores, o que naturalmente beneficia o PSC.

Em campo, independentemente da crise de gestão no futebol do clube, o Papão terá praticamente a mesma equipe que jogou contra o Grêmio Novorizontino na rodada passada. O rendimento foi abaixo do esperado, repetindo a má atuação do embate com o Brusque.

Duas derrotas em sequência despertam sempre preocupação na torcida, ainda mais na Série B atual, que vem se revelando uma das mais equilibradas dos últimos anos.

O meio-campo deve ter Leandro Vilela, João Vieira e Cazares. No ataque, Jean Dias, Ruan Ribeiro e Paulinho Boia. Ruan ganhou a titularidade pelo gol e a boa atuação diante do Novorizontino.

 

A polêmica dos acréscimos no futebol das Olimpíadas

O triunfo brasileiro sobre a França (1 a 0) no torneio de futebol em Paris quase foi sabotado por um exagerado tempo de acréscimos. A árbitra aplicou 19 minutos extras no 2º tempo. Somado aos 6 minutos do tempo inicial, foram 25 minutos – praticamente o período de uma prorrogação.

É bem verdade que as brasileiras abusaram da cera, mas os 19 minutos constituíram um castigo excessivo. Por sorte, a França não conseguiu empatar, para alegria da torcida brazuca e alívio de Tori Penso, que seria obviamente responsabilizada por qualquer prejuízo ao Brasil.

 

 

Rebeca leva 2ª prata e já é recordista de medalhas

Rebeca Andrade

O resultado era pedra cantada: a excepcional Simone Biles não errou nenhum de seus dois saltos e, com isso, Rebeca Andrade ficou com a medalha de prata na final do salto da ginástica artística das Olimpíadas de Paris-2024. Com a conquista de sábado (3), Rebeca soma agora cinco medalhas em sua trajetória olímpica.

A ginasta paulistana ganhou o ouro no salto e a prata no individual geral em Tóquio, há três anos, e completou a coleção em Paris com o bronze por equipes e as pratas no individual geral e no salto. Um feito e tanto.

É sempre bom lembrar que a ginástica artística não era uma modalidade tão popular no país até a ascensão de Daiane dos Santos, Daniele e Diego Hypólito. O furacão Rebeca foi além, elevando o patamar e transformando a ginástica em destaque do Brasil nos esportes olímpicos.

Rebeca cravou outra façanha admirável: empatou com Robert Scheidt e Torben Grael como os maiores medalhistas da história olímpica brasileira. Lendas da vela, Scheidt tem dois ouros, duas pratas e um bronze, enquanto Torben acumulou dois ouros, uma prata e dois bronzes.