Pará

Exército paraense participará de missão nos Estados Unidos

O Pará e o Brasil estão representados em uma importante missão nos Estados Unidos.
O Pará e o Brasil estão representados em uma importante missão nos Estados Unidos. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

O Pará e o Brasil estão representados em uma importante missão nos Estados Unidos. Uma tropa da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, localizada no município de Marabá, sudeste paraense, participará do Combined Operation and Rotation Exercise 2024 – Core 24 (Exercício Combinado de Operação e Rotação) no estado norte-americano de Luisiana, neste mês de agosto e setembro. Na manhã desta sexta-feira (2), no 2º Batalhão de Infantaria de Selva (2º BIS), em Belém, o Comando Militar do Norte (CMN) realizou a formatura de despedida dos 221 militares que vão seguir para a missão.

A tropa de origem paraense é composta por 180 militares que integram a Subunidade Core, um efetivo especializado em operações de alto nível. Para participar do Exercício Core 2024, os militares passaram por intenso adestramento (atividade desenvolvida para aprimorar habilidades e desempenho eficiente) desde março de 2023, em nove edições da Operação Munduruku, realizadas em Marabá.

Durante o ato solene, o General Eduardo Veiga, comandante da 23ª Brigada de Infantaria de Selva de Marabá, ressaltou que a tropa é bastante capacitada e preparada em todas as funções de combate para bem representar o Brasil e o Exército nesta parceria com os Estados Unidos.

“Nossa tropa está pronta e qualificada. Foi um ano e meio de adestramento combinado, com foco nas operações, nivelamento de doutrina militar e técnicas e táticas de tiro real”, explica o General com relação a algumas das atividades desenvolvidas na 23ª Brigada de Infantaria de Selva.

A Segundo Sargento Erika Sarges, 29 anos, é uma das representantes da tropa que vai realizar o treinamento nos Estados Unidos. Há 11 anos atuando na área, esta é a primeira vez que a Segundo Sargento vai participar de uma missão no exterior representando o Pará e o Brasil. “Fizemos um treinamento intenso desde o ano passado e vai ser muito importante para as nossas carreiras e vida pessoal”, comenta a militar.

A tropa de origem paraense é composta por 180 militares que integram a Subunidade Core, um efetivo especializado em operações de alto nível
A tropa de origem paraense é composta por 180 militares que integram a Subunidade Core, um efetivo especializado em operações de alto nível Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Outro integrante da tropa rumo aos Estados Unidos é o Cabo Bruno Dutra, de 23 anos. Há seis anos na carreira militar, ele também vai participar de uma missão internacional pela primeira vez após treinamentos intensos em Marabá. “Estou ansioso porque será uma experiência única. Os treinamentos foram muito enriquecedores para o nosso aprimoramento e crescimento pessoal. É uma honra representar nossa tropa nos Estados Unidos”.

Além do efetivo do Pará, outros 41 militares de diversas Organizações Militares do Brasil integram o grupo, totalizando os 221 integrantes do Exército Brasileiro a representar o País nos Estados Unidos. Em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), o grupo viaja na madrugada da próxima segunda-feira (5).

Core 2024
A quarta edição do Exercício Core será realizada de 5 de agosto a 4 de setembro, no Fort Johnson, instalação do Exército norte-americano localizada em Luisiana. O Core é resultado de um programa de cooperação, assinado entre Brasil e Estados Unidos, que estipula exercícios bilaterais anuais até o ano de 2028.

A primeira edição ocorreu no Brasil em 2021 e a segunda no estado norte-americano de Luisiana, em 2022. No ano passado, o Exercício foi realizado nos estados do Pará e Amapá, sob responsabilidade do Comando Militar do Norte, ocorrendo pela primeira vez na Amazônia Oriental.

Por meio desses exercícios, as tropas dos dois países compartilham experiências e trocam conhecimentos sobre doutrina, técnicas, táticas e procedimentos de defesa, visando ampliar a interoperabilidade entre os exércitos e desenvolver a doutrina militar terrestre.

Por Rafael Rocha