Notícias

Jader Filho destaca ações do governo brasileiro contra as mudanças climáticas

O Brasil foi representado pelo ministro das Cidades e presidente do MINURVI em 2024, Jader Filho, que conduziu os debates realizados ao longo do dia
O Brasil foi representado pelo ministro das Cidades e presidente do MINURVI em 2024, Jader Filho, que conduziu os debates realizados ao longo do dia

No primeiro dia da Reunião Ministerial do MINURVI, realizada nesta quinta-feira (1º), no Palácio Itamaraty, o ministro das Cidades, Jader Filho, destacou as iniciativas do governo brasileiro para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e promover o desenvolvimento urbano sustentável.

Um dos principais objetivos da reunião é debater estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas e, como presidente do MINURVI em 2024, o ministro enfatizou a importância da colaboração regional para a construção de cidades mais resilientes e sustentáveis na América Latina e Caribe.

O Fórum de Ministros e Máximas Autoridades de Habitação e Urbanismo da América Latina e Caribe – MINURVI, entidade intergovernamental de coordenação e cooperação que promove o desenvolvimento sustentável dos assentamentos humanos, composta pelos ministros de estado e autoridades governamentais foi fundado em 1992 e conta com 35 países membros.

Também participaram da reunião representantes de importantes órgãos multilaterais, como o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), e entidades financeiras internacionais como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial.

Em seu discurso, Jader Filho expressou a gratidão pela confiança depositada em sua presidência do fórum e anunciou a intenção de sediar a Assembleia do MINURVI em Belém no final do ano.

“Tenho convicção de que essa colaboração pode reforçar ainda mais nossas iniciativas e estratégias para encarar os por vezes tão dramáticos desafios climáticos”, afirmou.

Um dos temas centrais da reunião foi a necessidade de proteger as populações mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas, em especial, na América Latina e Caribe.

“Vivemos uma cruel contradição: ao mesmo tempo em que a região é responsável apenas por 10% das emissões globais, é uma das áreas mais afetadas do planeta pelos impactos das mudanças climáticas”, explicou o ministro. Ele também mencionou o compromisso do governo federal, sob a liderança do presidente Lula, em garantir a segurança da população e apoiar a reconstrução das áreas afetadas por desastres naturais, como o Rio Grande do Sul.

O primeiro dia do evento foi dedicado à discussão sobre a resiliência climática na América Latina e Caribe, com palestras de especialistas como José Marengo, do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e Larissa Menescal, da inREDE Brasil e Ipplan Fortaleza. O tema da reconstrução também foi destaque, com uma abordagem à recuperação pós-desastre para cidades mais resilientes.

Durante os debates, foram exploradas oportunidades para promover a resiliência das cidades, especialmente em áreas vulneráveis. “Foi uma troca muito significativa. O Brasil pôde apresentar o que tem feito na questão da prevenção, como a seleção de projetos de contenção de encostas e drenagem. Também tivemos a oportunidade de ouvir bons exemplos de países irmãos que vão enriquecer ainda mais a nossa discussão”, afirmou Jader Filho.

O segundo dia do evento, nesta sexta-feira (2) vai abordar o planejamento do uso do solo e suas implicações nas mudanças climáticas, além da integração da gestão de risco de desastres no planejamento urbano.