Até fazer o gol da vitória sobre o CSA-AL, na rodada passada, o centroavante Ribamar havia balançado as redes em apenas duas oportunidades desde que chegou ao Remo. É pouco para um camisa nove, mas foi o suficiente para ser muito festejado quando da viagem da delegação rumo à capital catarinense, na última quinta-feira. Antes, a última vez em que o jogador havia deixado sua marca foi no dia 20 de março, na vitória por 2 a 1 sobre o Amazonas-AM, nas quartas de final da Copa Verde. Ele sabe o quanto ter balançado as redes novamente depois de um hiato considerável fez diferença na forma como a torcida o olhava.
“Foi um gol muito importante para mim, para meus companheiros, para minha família também. E o que eu passei aqui é só em clube grande que passa, né? Como eu já falei outras vezes, a gente não dando resultado positivo, a torcida vai cobrar, que é normal, e a gente tem que saber lidar com isso. Contra o CSA eu fui muito feliz em fazer o gol e ajudar a equipe”.
Tranquilo e de fino trato, Ribamar garante que está confiante e que esse é um sentimento comum em todo o elenco remista, que mostram esperança em poderem chegar ao G8 ao final da fase. Nem a fase sem gols lhe abalou. Experiência que não é inédita na carreira. “Tive uma situação assim, bem parecida, no Vasco-RJ. Mas, consegui também lidar bem e depois voltei a fazer gols. Então, é a vida de atacante”, disse. “Sou um cara que passei por diversos clubes, então, o torcedor espera gols e assistências, e as coisas não estavam acontecendo. Mas, continuei trabalhando quieto, sem reclamar de nada e aceitar as críticas. A cobrança é normal”, completou Ribamar.
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Esses momentos difíceis são apontados pelo centroavante como fonte de ensinamentos. De acordo com Ribamar, para quem mantiver o foco para essas situações, pode sair delas até mais forte. “A gente aprende como pessoa, a gente cresce. Mas eu tenho orgulho da minha trajetória aqui também. Eu nunca pensei em desistir. Eu sempre pensei em dar a volta por cima, eu tinha me condicionado a dar a volta por cima e acredito muito em mim e na minha equipe”.
Sobre o confronto com o Figueirense, ele desconversa sobre a possibilidade de voltar a iniciar uma partida, preferindo valorizar os companheiros, ao mesmo tempo em que se diz pronto. “Quem é jogador pensa em estar em campo sempre, todos os jogos e a gente vem trabalhando pra isso, mas eu respeito muito o Ytalo, eu respeito muito a decisão do professor, o que ele optar para equipe, o que for o melhor, eu vou aceitar da melhor forma possível”.
