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Paysandu x Ponte Preta: Expectativa de grande jogo

Foto: Márcio Melo/Paysandu
Foto: Márcio Melo/Paysandu

Expectativa de grande jogo

O PSC pisa o gramado da Curuzu neste sábado à noite com a confiança em alta e números que demonstram evolução na disputa da Série B. O time está invicto no campeonato e defende também uma longa invencibilidade em seu estádio. O adversário merece atenção, pois tem a mesma pontuação – 20 pontos – e está uma colocação acima.

Promessa de um grande jogo, com a maciça presença do torcedor bicolor, empolgado com o crescimento técnico da equipe. A chegada de reforços, como o equatoriano Juan Cazares, jogador de nível internacional, trouxe ainda mais esperança de uma arrancada na competição.

A boa estreia contra o Ceará Sporting ajudou a reforçar a receptividade positiva a Cazares. Se existiam dúvidas quanto ao condicionamento, isso foi desfeito de cara com a movimentação que apresentou na partida, posicionando-se na função em que sempre atuou.

O lance do primeiro gol do Papão revelou também o desprendimento de Cazares, desgarrando-se da marcação para ir à linha de fundo e cruzar com precisão milimétrica para a finalização de Nicolas, que estava dentro da área. Um gol que trouxe a marca de qualidade que o time há muito esperava.

E o PSC vem empolgando seu torcedor não apenas pela presença de Cazares. Muito antes disso, desde a partida com o América-MG na Curuzu, primeira vitória na competição, a equipe já emitia sinais de evolução.

O sistema consolidado, baseado na construção de jogadas no meio e no avanço dos laterais, é indiscutivelmente o ponto alto do time na Série B. Funciona porque o PSC joga assim há quase um ano. Os jogadores estão bem entrosados e os que chegam rapidamente assimilam a maneira de se organizar em campo.

Para este sábado, o time terá o retorno de Bryan Borges à lateral-esquerda em função da suspensão de Kevyn. Isso é uma boa notícia, pois Bryan ofensivamente tem qualidade para contribuir com Esli García, que nas últimas partidas tem demonstrado um certo travamento.

O lado que preocupa na entrada de Bryan é a limitação defensiva. Não se pode esquecer que ele deixou a equipe titular depois da má atuação diante do Botafogo-SP, quando terminou expulso. Desde então, não foi mais aproveitado na competição.

A outra mudança é apenas de reposição, com a volta de Wanderson para o miolo da zaga no lugar de Carlão, que jogou contra o Ceará.

Por todos os aspectos visíveis, o PSC entra na condição de favorito, principalmente pela força emocional que demonstra em seus domínios. Além disso, vive um viés de alta, para encarar um adversário que fora de casa não demonstra a mesma força.

Bola na Torre

O programa tem o comando de Guilherme Guerreiro, a partir das 22h, na RBATV. Participações de Valmir Rodrigues e deste escriba de Baião. Em debate, os jogos das Séries B, C e D do Brasileiro. A edição é de Lourdes Cezar.

Remo anuncia novidades e um plano preocupante

Os clubes têm o direito natural ao erro, mas alguns abusam dessa condição. É presentemente o caso do Remo, que anunciou na sexta-feira as contratações do atacante Rodrigo Alves e do lateral esquerdo Sávio. Escolhas normais para setores carentes.

Ao mesmo tempo, o técnico Rodrigo Santana recomendou a contratação do volante Bruno Silva, 37 anos, com rodagem por dezenas de clubes brasileiros e em fase crepuscular de carreira. Nada contra a questão etária, afinal existem veteranos dando conta do recado por aí.

O problema é o rendimento nas últimas equipes em que atuou. Está no Paraná há um mês, depois de uma inatividade de cinco meses. O último bom momento foi no Internacional, há cinco anos. Sempre foi marcador, mas o Remo precisa de um volante de perfil técnico e condutor de bola.

É quase inacreditável que o clube não tenha buscado uma alternativa mais adequada para a função. Junior Dindê, descartado pela comissão técnica, tem características mais ajustáveis às necessidades da equipe.

A contratação de Bruno não foi fechada, mas a simples pretensão é um sinal de que nem todos parecem conscientes da realidade do Remo na Série C. Faltam 6 rodadas para fechar a fase de classificação e o time precisa de peças que cheguem para fazer a diferença – no bom sentido, é claro.

Ao mestre, com carinho e admiração

Carlos Castilho faz 85 anos neste domingo (21). Será reverenciado em Salinas, cercado do carinho de seus familiares. É bem verdade que os festejos já começaram durante a semana e, justificadamente, não têm data para acabar. É o início também dos eventos pelos 66 anos de jornalismo esportivo, comemorado em 15 de novembro.

Cacá, como todos o chamam, é um dos últimos ícones do jornalismo esportivo no Pará, orgulho e referência ética para colegas e discípulos. Catedrático na análise de futebol, colecionou prêmios ao longo da brilhante e múltipla carreira – é também professor e publicitário. Além de tudo isso, é um exemplar companheiro de trabalho.

Peço licença aos baluartes que prestigiam a coluna para prestar este modesto tributo a ele. Generoso, acolheu-me em sua tribuna especial no microfone da Rádio Clube lá nos idos de 2006, em plena final da Copa do Mundo na Alemanha, ao lado de Guilherme Guerreiro.

Parabéns, Mestre!