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Lula foi monitorado pelo governo dos Estados Unidos, diz jornal

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu expulsar do Brasil a embaixadora da Nicarágua, Fulvia Patricia Castro Matus
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu expulsar do Brasil a embaixadora da Nicarágua, Fulvia Patricia Castro Matus Foto: Ricardo Stuckert / PR
RIO (AG) – O governo dos Estados Unidos monitorou o presidente Lula (PT) com a produção de ao menos 819 documentos, que somam 3.300 páginas de registros. Os dados se referem ao período de 1966 a 2019, ano em que o pedido foi protocolado. A confirmação do monitoramento foi feita pelo jornalista e escritor Fernando Morais, biógrafo do presidente, e foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo.

O órgão do governo americano que produziu a maior parte dos levantamentos sobre o presidente brasileiro teria sido a CIA, agência de inteligência do país responsável pela elaboração de 613 documentos e cerca de 2.000 páginas sobre Lula.

De acordo com Fernando Morais, os documentos registram planos militares brasileiros e informações sobre a produção da Petrobrás. As páginas também contêm detalhes sobre as relações de Lula com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), e com autoridades do Oriente Médio e da China. O escritor afirma que não há no acervo analisado dados que teriam sido colhidos no atual mandato do presidente, iniciado em 2023, pois os documentos foram solicitados em 2019.

Morais e seus advogados, por meio da Lei de Acesso à Informação americana, teriam solicitado relatórios, levantamentos, e-mails, cartas, minutas de reuniões, registros telefônicos e outros documentos produzidos pelos órgãos de inteligência americanos. Os primeiros monitoramento feitos pelo governo americano são referentes ao ano de 1966, quando Lula ingressou como torneiro mecânico em uma fábrica no ABC Paulista, e passou a fazer parte do movimento sindical. Ele veio a se tornar presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema em 1975.

Segundo o jornalista, além dos documentos da CIA identificados, há 111 do Departamento de Estado, 49 da Agência de Inteligência da Defesa, 27 do Departamento de Defesa, oito do Exército Sul dos Estados Unidos, unidade de apoio da força armada americana, e um do Comando Cibernético do Exército.

A equipe do escritor ainda aguarda retorno do FBI, da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) e da Rede de Combate a Crimes Financeiros. Os órgãos devem cumprir um prazo de 20 dias úteis, prorrogáveis por mais 20, para responder os pedidos de informação feitos.

Os dados obtidos por Morais devem ser usados na segunda p