Pará

Ananindeua: População reclama de obras paradas na avenida Dom Vicente Zico

Local usado para travessia, lazer e práticas esportivas está cercado de tapumes há mais de um ano, segundo moradores e trabalhadores próximos, e não há nem placa indicando valor e quando o espaço vai ser entregue
Local usado para travessia, lazer e práticas esportivas está cercado de tapumes há mais de um ano, segundo moradores e trabalhadores próximos, e não há nem placa indicando valor e quando o espaço vai ser entregue Foto: Wagner Almeida / Doário do Pará.

O que era para ser um ponto de lazer e mobilidade para pedestres, é hoje uma mostra do descaso em pleno centro comercial da Cidade Nova, em Ananindeua. Moradores e trabalhadores da área reclamam da situação das obras no canteiro central da Avenida Dom Vicente Zico (antiga Arterial 18), entre as Travessas SN 24 e SN 03. Segundo denúncia realizada pela população, o canteiro está há pelo menos um ano em reforma, mas nunca é entregue.

A atendente Larissa Dantas, 23 anos, trabalha em um trailer no local e diz que a área está abandonada e precisa melhor ser cuidada. “Vejo aí parado e não tem gente trabalhando. Estamos aguardando isso terminar o mais rápido possível”, relata a jovem.

O canteiro central encontra-se isolado por tapumes, não havendo placa de identificação do início da obra, assim como o término, o que deixa os moradores em dúvida sobre o prazo de conclusão e valores gastos na execução das atividades.

De acordo com Carlos Silva, autônomo, 48, que trabalha em frente à Avenida Dom Vicente Zico, apesar da obra ser vista, ainda faltam mais informações sobre a mesma. “Os tapumes estão aí montados e cercando a avenida, mas não sabemos até quando vai ficar assim”.

Além da travessia de pedestres, o canteiro era utilizado com frequência para a prática de atividades físicas, principalmente nas primeiras horas da manhã e também no horário noturno, sendo o local um importante espaço público para o bem-estar e promoção da saúde. Mas a situação por lá não é mais a mesma.

O autônomo Everton Gomes, 35, costumava fazer atividades físicas no canteiro central da avenida. Desde então, segundo ele, está impossibilitado de realizar qualquer tipo de esporte. “Já está parado há um bom tempo aqui e nem vejo isso avançar. Fico preocupado porque também é uma questão de saúde que deve ser respeitada”.

Na tarde da última segunda-feira (15) a reportagem do Diário não encontrou nenhum funcionário trabalhando no referido canteiro e não observou a presença de qualquer tipo de maquinário presente ao longo do espaço isolado.

A vendedora ambulante Maria Dias, 69, tem uma barraca bem em frente a obra. Segundo ela, as atividades estão em ritmo bastante lento e não avançam. “Eles vêm a hora que querem e vão embora. Estão demorando demais para finalizarem”, ressalta a vendedora sobre o descaso com o canteiro.

Por Rafael Rocha