A derrota sofrida na última rodada do Brasileirão da Série C não foi bem digerida pelo torcedor azulino. Com a possibilidade de engatar a sua terceira vitória consecutiva e entrar no G8 logo na janelinha, pulando para a sétima colocação, a equipe do Clube do Remo perdeu para a Ferroviária-SP, por 2 a 1 de virada e deixou tudo a perder. A bronca não é relativa ao resultado adverso, mas pela forma que se deu o tropeço no estádio municipal de Mirassol.
Depois de apresentar um duelo equilibrado no primeiro tempo, os atletas do Leão Azul se apresentaram como uma espécie de juniores diante da Locomotiva, ao serem amplamente dominados na etapa final, e com dois tentos sofridos de maneira infantil, em um espaço de tempo de quatro minutos entre uma lona e outra.
O péssimo resultado tornou a despertar a desconfiança do Fenômeno Azul, sobretudo quanto à confiança no plantel, que embora fraco tecnicamente, conseguiu, na marra, uma reação determinante em seus compromissos recentes.
Mesmo diante de um adversário invicto e que não havia tomado um gol em oito jogos até então, em seus domínios, a parada ficou na bronca pela postura do time, algo que foi depositado nos ombros da comissão técnica. Ciente disso, Rodrigo Santana destacou. “Estamos trabalhando com os jogadores, pois eles querem correr atrás, se expõem. Temos que ter esse equilíbrio, não deixar o adversário gostar do jogo, principalmente quando saímos na frente. Isso não pode acontecer”, disse.
Mordido, o treinador seguiu sua avaliação. “Chegamos com volume e fizemos gol numa equipe que estava há oito jogos sem levar. Tudo certo. Infelizmente no segundo (tempo) cedemos à pressão. Entre 10 e 20 minutos fizemos algumas transições, poderíamos até matar o jogo, mas infelizmente não estivemos numa noite boa, cometemos muitos erros de passe e isso dá confiança para eles enquanto tira a nossa. Eles partiram para o tudo ou nada, cinco minutos de pressão e a virada deles… isso tem incomodado bastante”, reiterou Santana.