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Análise: Remo foi do céu ao inferno em poucos minutos

Remistas fugiram às suas características de jogo, segundo o comandante da equipe FOTO: samara miranda / remo
Remistas fugiram às suas características de jogo, segundo o comandante da equipe FOTO: samara miranda / remo

O embalo azulino conquistado nas rodadas anteriores não foi páreo para as limitações do elenco, na noite de ontem. Do céu ao inferno, o Clube do Remo saiu de uma posição confortável, até então credenciada para o G8 da Série C, para um revés frustrante diante da Ferroviária-SP, de virada, por 2 a 1. A derrota impediu o time de alcançar a sua grande meta nesta fase classificatória, em um jogo onde demonstrou duas personalidades ao longo dos 90 minutos.

Depois de um início equilibrado, maduro e de igual para igual, que gerou um tento na etapa inicial, a postura azul-marinho no segundo tempo foi apática, inofensiva e confusa, especialmente por parte da comissão técnica, se perdendo toda na visão do jogo ao demorar a entender o que estava acontecendo no gramado.

Embora seja o principal pilar na reerguida da equipe paraense, na noite de ontem a derrota foi inteiramente no colo do treinador Rodrigo Santana, teimoso, com mexidas fora de tempo e somente após o Remo sofrer dois gols. Três alterações, por sinal, sem nexo algum, já nos acréscimos, basicamente com a ação no intuito de levar mais gols do que propriamente reagir.

Sobre o baque na sequência positiva e com o banho de água gelada nos planos para a zona verde nesta rodada, o comandante avaliou: “Tem incomodado bastante (esses gols sofridos), o time tem cedido à pressão. Saímos na frente, o time pressionou e cedemos. Abrimos mãos das características de ter a bola e pagamos caro. Depois de tomar o gol é que fomos buscar o jogo, conversamos sobre isso. Fico nervoso, bravo, porque não podemos deixar fugir das nossas características. Fico pedindo pra equipe sair, esses erros não podem mais acontecer. Se mantermos nossas características não vamos ceder como cedemos hoje”, disse.