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Dólar sobe no Brasil e no exterior, após atentado contra Trump

O dólar abriu em alta nesta segunda-feira, após atentado contra Donald Trump no fim de semana. Por volta de 10h, a moeda americana era cotada a R$ 5,46 no Brasil, valorização de 0,65%.
Em mais um dia de euforia no mercado financeiro, o dólar teve forte queda e fechou abaixo de R$ 5 pela primeira vez em dez meses. Foto: Divulgação
NOVA YORK E RIO (AG) – O dólar abriu em alta nesta segunda-feira, após atentado contra Donald Trump no fim de semana. Por volta de 10h, a moeda americana era cotada a R$ 5,46 no Brasil, valorização de 0,65%.

No exterior, a moeda americana também sobe em relação a outras divisas. O índice DXY, que mede a divisa em relação a outras seis de economias desenvolvidas, avançava 0,03%.

A moeda apresentava, por volta do meio-dia, valorização na comparação com divisas de todos os cantos do globo. Frente ao dólar, a libra recuava 0,05%; com o iene, 0,03%; e o won sul-coreano, 0,57%. Apenas o euro avançava ligeiramente, a 0,08%.

Nos emergentes, a desvalorização das moedas locais era maior. Frente ao dólar, o peso mexicano caía 1,18%; o peso chileno, 0,67%; e o rand sul-africano, 1,5%.

As bolsas de Nova York abriram em ampla valorização nesta segunda-feira. Às 11h, o índice Nasdaq 100 avançava 0,63%, Dow Jones opera em alta de 0,41%, enquanto o S&P 500 ampliava 0,5%. Esses dois últimos índices renovaram sua máxima histórica.

As ações da Trump Media & Technology Group, empresa do candidato à presidência dos EUA Donald Trump, dispararam no pré-mercado nesta segunda-feira. Os papéis subiam 67%, com a visão de que as chances de Trump chegar à Casa Branca cresceram após o atentado contra ele no fim de semana. Durante as negociações, os papéis alcançaram 34% de valorização.

Uma volta de Trump ao comando dos EUA pode significar menos impostos e mais protecionismo na economia americana, segundo analistas.

O protecionismo econômico tenderia a aumentar a inflação no país. Com importados mais caros e restrições a produtos chineses, os preços subiriam, exigindo que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) mantivesse os juros altos por mais tempo para segurar a inflação.

– Se Trump emergir como um vencedor ainda mais óbvio, então devemos ver a curva de juros inclinar para cima, como vimos após o debate – disse à Bloomberg Michael Purves, da Tallbacken Capital.

Quanto às ações, algumas “se beneficiarão de impostos corporativos mais baixos e menos regulamentação”, disse ele.

O rendimento dos títulos de 30 anos dos EUA subia acima dos de dois anos pela primeira vez desde janeiro, devido às apostas de que Trump perseguirá uma política fiscal mais expansiva, caso volte à presidência dos EUA.

Tanto o presidente do Fed, Jerome Powell, quanto a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, devem falar mais tarde hoje. Na semana passada, relatórios econômicos aumentaram as apostas para dois cortes de juros em 2024.

Na Ásia, as Bolsa de Tóquio e Hong Kong recuaram. A primeira, teve desvalorização de 2,45% e a segunda, de 1,52%. Já a Bolsa de Shenzhen, avançou levemente 0,11%.

O desempenho dos índices de ações no mercado asiático teve influência do resultado do PIB chinês, que cresceu abaixo do esperado, com dados fracos do varejo e do setor imobiliário.

A economia chinesa teve expansão de 4,7% no segundo trimestre, na comparação com igual período do ano anterior. A previsão era de crescimento de 5,1%.

Na Europa, as Bolsas estão em queda. Por volta de 8h40, Londres caía 0,34%; Frankfurt recuava 0,43% e Paris cedia 0,69%.